28 dezembro 2006

dani & fernando


dani e fernando + dois filhotes nos visitando

assisti

chocante!
emocionante!
surpreeedente!
All the Invisible Children
vale a pena assistie!

21 dezembro 2006

morreu um filho

morreu o filho da clarice e zémaria, tinha 22 anos
ataque cardíaco fulminante
sentiu-se mal e foi para hospital com a sua própria moto
por mal atendimento ou não
lá se foi ele....

vi a clarice em prantos na frente do caixão
pensei: a pior das malfeituras do filho com os pais é ele morrer antes deles
não que se possa escolher a hora da morte
mas "saber" o tanto de sentimento existem nos corações maternas (e paternas)
faz diferença na qualidade do nosso viver
a ordem natural não seria os pais morrerem antes dos filhos?
pois devia existir uma lei universal proibindo que os filhos morram antes dos pais...
mas se não é assim, temos então que nos preparar para a morte?
mas será que isso é algo que se possa nos preparar?
alguns dizem que o propósito da vida é a preparação para a morte...
mas o que é esse preparo?
acreditando na vida pós morte?
há quem se sinta confortado com isso...
praticando boas ações?
mas esperaí, quem é que vai julgar se elas foram boas ou não?

já me disseram:
a qualidade da morte é determinada pela qualidade da vida que vivemos.
o "como vou morrer" é o mesmo dizer o "como vivo o agora"
... a gente leva da vida a vida que a gente leva ...

19 dezembro 2006

a "Rosa Vermelha"

01. como sendo um fato(coisa) que está na frente de uma pessoa
02. como um "qualia" que acontece detro desta pessoa
03. como uma palavra no momento da expressão desta "qualia"
04. como uma palavra no momento da recepção desta
05. como uma imagem que surge dentro da pessoa no momento que ouve esta palavra.
06. no momento da expressão da pessoa que ouviu...

qualia - termo em latim para designar as qualidades fenomenológicas de nossa experiência consciente, tais como, perceber o vermelho, sentir o sabor do amargo, ouvir um ruído barulhento, etc.

Quando se diz "rosa vermelha", de qual "rosa vermelha" estamos falando? Só assim calssificados temos 6 "rosas vermelhas".

Uma parte (talvez uma grande parte) das confusões mentais e confusões interpessoais estariam resolvidos, se estivessemos conscientes destas diferenciações existentes nas várias "rosas vermelhas"..

15 dezembro 2006

as tres mulheres da minha vida


dona marina, mira & ines
as "tres mulheres" da minha vida...heheh
foto tirada um pouco antes da partida da mira para japão
mira está indo pela 2a vez para estação de esqui de hakuba-nagano ken, vai trabalhar por 2,5 meses.

14 dezembro 2006

Uma Verdade Inconveniente



foi assistir ao filme e ao debate
al gore botou todo seu carisma e marketing em cima do que na comunidade científica se debatia há pelo menos 20 anos. o cara é bom nisso, mas não há novidade. entre os cientistas já é unanimidade: é liquido e certo que não tem mais reversão. apesar de mensagem de otimismo do "ex-futuro presidente dos eua", a minha impressão é que a coisa vai continuar no mesmo rumo... pra mudar o rumo dessa corrente vai ter que ter mais desastres ecologicos, mais catástrofes climáticos. ainda não evoluimos o suficiente para sermos capazes de observar, pensar e agir de acordo com o fato. a maioria de nós não vamos reagir, enquanto não sentirmos na própria carne. preferimos matermos o mesmo hábito, mesmo sabendo que esse hábito nos levará a extinção.... o cigarro é um bom exemplo: sabemos que faz mal a saúde. mas a maioria das pessoas que conheço que pararam de fumar, somente pararam quando sentiram na própria carne: por causa do fumo um teve enfarto, outro cancer, outro diabete...

trocar as lampadas por + economicos? andar + de ônibus? comer menos carne? trocar o carro atual por um híbrido? biocombustível? reciclar mais? morar numa ecovila? mas tudo isso pode não passar de maquiagem....

alguns sites relacionados...
01. Entrevista Al Gore
02. Jornal de Debates
03. Críticas.com.br
04. Dia de Folga
05. A Carne é Fraca
06. Earthlings Terráqueos
07. An Inconvenient Truth - o filme


no fim, ficamos sabendo que markun é produtor organico em sta. catarina, fomos bater um papo com ele....

29 novembro 2006

atitude

Ciência e/ou Religião: qualquer atitude beligerante e intolerante tanto na "negação" como na "afirmação", não está de acordo com a "razão verdadeira".
Eu penso assim.
E tento agir assim...


Segue um texto de M.Gleiser sobre o tema... muito bom!!!


Ateísmo radical
A ciência não deve se propor a tirar Deus das pessoas

Não é surpresa para ninguém que existem tensões entre ciência e religião. Santo Agostinho, o primeiro grande teólogo do cristianismo, afirmava que o pensamento aplicado à natureza leva ao pecado e à perdição; que, para obter a redenção, o importante é dedicar-se à adoração do eterno.

Mas a verdade é que a relação entre ciência e religião é bem mais complexa do que essa divisão superficial entre dois campos, o da razão e o do espírito. Infelizmente, volta e meia aparecem depoimentos que exacerbam exatamente essa polarização destrutiva. É o caso de três livros recentes: "O Fim da Fé" ("The End of Faith"), de Sam Harris; "Quebrando o Feitiço" ("Breaking the Spell"), de Daniel Dennett; e "A Delusão Divina" ("The God Delusion"), de Richard Dawkins. É sobre o livro de Dawkins, o mais virulento de todos os três, que escrevo hoje.

Primeiro, vamos às apresentações. Richard Dawkins é um biólogo especializado na teoria da evolução, professor em Oxford, Inglaterra, e um dos divulgadores de ciência mais famosos do mundo, com best-sellers como "O Gene Egoísta" e "O Relojoeiro Cego". Dawkins é um ateu declarado. Até aí tudo bem; muitos cientistas o são. Para muitos, mas não todos, é importante frisar isso: a conciliação entre uma descrição científica do mundo -baseada na obtenção de informação empírica da natureza por meio de experimentos e observações quantitativas- e a aceitação de uma realidade sobrenatural, inescrutável à razão humana, é impossível.

Já para alguns, o estudo da ciência serve para comprovar a beleza da criação. Imagino que Dawkins considere esses cientistas religiosos no mínimo incompetentes. Para ele, a ciência é um clube fechado, onde só entram aqueles que seguem os preceitos do seu ateísmo, tão radical e intolerante quanto qualquer extremismo religioso. Dawkins prega a intolerância completa no que diz respeito à fé, exatamente a mesma intolerância a que se opõe.

Vejamos um de seus argumentos. Se a complexidade do mundo foi criada por uma divindade, esta deve ser necessariamente mais complexa do que tudo o que criou. Porém, segundo a teoria da evolução, isso é impossível: a complexidade é produto da evolução. A divindade criadora deveria ter sido a última e não a primeira a surgir.

A quem Dawkins dirige um argumento desses? Certamente não aos religiosos. Qualquer pessoa que conheça um mínimo de teologia sabe muito bem que a idéia fundamental das religiões é que o divino não segue as regras causais que regem o mundo material. Deuses não evoluem; são absolutos, existem fora do tempo. Ele afirma que seu alvo são os "indecisos", que não acreditam em causas sobrenaturais mas não se declaram ateus. Será esse o modo de resolver o embate entre ciência e religião?

Na minha humilde opinião, absolutamente não. A atitude belicosa e intolerante do cientista britânico só causa mais intolerância e confusão. Seu grande erro é negar a necessidade que a maioria absoluta das pessoas tem de associar uma dimensão espiritual às suas vidas.

Um erro meio parecido com o do materialismo dialético dos comunistas, em que tudo é atribuído a causas materiais. Tirar Deus das pessoas e colocar um líder fascista no seu lugar não dá certo. A ciência não deve se propor a tirar Deus das pessoas. Se é essa a sua guerra, então ela já perdeu.

O que a ciência pode fazer é proporcionar outra forma de espiritualidade, ligada ao mundo natural e não ao sobrenatural, à cativante magia da descoberta. É esse naturalismo, essa entrega à natureza e aos seus mistérios, que dá à ciência a dimensão espiritual que a torna humana.

M.G.

20 novembro 2006

vida

vida pós morte ?
qual a importância de saber se existe ou não?
a grande maioria das pessoas que perguntei, responderam:
isso (acreditar nisso) trouxe conforto espiritual
particularmente, não me importa
isso pressupõe a alma separada da mente e do corpo

para uns, é difícil aceitar que os sentimentos tem uma base física ( biológica)
já tive algumas experiências místicas
o sentimento de amor
o sentimento de totalidade
o sentimento de pertencer
são sentimentos que decorrem dessa experiência
seriam partes do funcionamento da mente
a humildade decorre não da experiência mística
mas da exata noção de que esta não passa de
um acontecimento no meu cérebro

quando vivíamos de caça e pesca e em bandos
o objetivo era derrotar a natureza
pois isso era quetão de sobrevivência
hoje, derrotar a natureza significa
destruir parte do que resta de vida na Terra

06 novembro 2006

conhecer
reconhecer
admitir o desconhecimento
reconhecer o desconhecido
conhecer o existente

conivier com o que é
descartar a projeção

28 outubro 2006

o processo do "conhecimento de si(eu)"

⑧ conhecer como é a existência desta coisa que chama de si(eu).
⑦ isso significa conhecer o como se constituiu o si(eu)
⑥ isso siginifica conhecer o eu em si, o si(eu) real
⑤ para isso, observar as camadas superficiais(pensamentos&emoções, conhecimentos e experiências, etc) grudadas sobre o si(eu)
④ para isso, observar o eu atual e real, exatamene da maneira como é.
③ para isso, acumular treinos de se obervari, sem dispersar a atenção com pessoas e coisas.
② isso significa que mesmo durante a refeição, durante o trabalho, não é ver o outro(pessoas, coisas, acontecimentos) , em ver o si(eu)
① "ver o si(eu) ... iniciar a vida cotidiana, que aposta nesse unico ponto.

⑨ cohecer a minha existencia, a constituição, significa conhecer a esictencia/constituição do ser humano
⑩ cohecer a existencia/constituição do ser humano, significa conhecer a esictencia/constituição da sociedade
⑪ conecer a minha constituição siginifica a constituição da sociedade
⑫ cohecer o si significa cohecer este mundo
⑬ significa a grandeza do mundo que me faz existir
⑭ significa conhecer a gandeza das coisas que estou recebendo
⑮ realizar-se-á o meu próprio coração que recebe ilimitadamente
⑯ iniciar-se-á a minha própria vida, que receber ilimitadamente

20 outubro 2006

Corpo Único é ...

「自分の考えはいい加減なもんや」と思ったら、そこから一体が始まる。
まずその自分になること、用意するならそこからすること。
相手があって一体の人やなしに、自分がなること。
自分の考えが正しいとしない人。
とにかく我のないというのはそこなのよ。
「自分が優れている」、「正しい」、或いは「みんなの決めたものを正しい」とする頑固なもの、それがなくなったのが一体よ。
それから始まらなければ一体は始まらん。
そのコモトが出来てなければ、なんぼやってもあかん。
これが一体研鑽の一番初歩で、一番基本やと思う。
相手に問題があるのでなく、自分が本当に一体の自分かどうかよ。
自分よ。
それでこそ話し合いが出来るのよ。
いっぺん聴いてほしかった。
「ああ、そういうことか」と聴いてもらって、向こうさんのも聴いて、聴いてるうちに、「それも正しいとは言えない」として研鑽していくのが一体社会やろ。

Assim que conseguir pensar "os meus pensamentos são incertos e fotitos ", aí se inicia o "corpo único".
Antes de mais nada, tornar-se um "eu" assim.
E se há o que preparar, começar a partir daí.
Não é ser uma pessoa "corpo único" em dependencia do outro, mas eu mesmo ser.
Uma pessoa que não faz do seu próprio pensamento "o correto".
De qulaquer modo, não ter "ego", siginifica isso."eu sou o melhor", "correto", ou então a teimosia que toma como "correto o que foi decidido por todos", é "corpo único" o estado em que desaparece isso.
Se não começar por aí, o "corpo único" não começa.
Penso que este é primeiro passo do kensan do corpo único e é o primeiro fundamento.
Não é que se existe problema no outro, mas se sou eu realmente um eu "corpo único".
É o "eu".
Só assim é possível ter uma conversa mútua de verdade.
Eu gostarai que fosse ouvido uma vez. " Ah, era isso?" o outro ouve, e ouço o outro também, e ao ir ouvindo, " isso também não é possível direzer que é o correto", e vai fazendo kensan.
Isso assim é a sociedade de corpo único.

19 outubro 2006

romeu na globo rural

estava vendo os emails na sala do computador e de repente romeu entra: - escreveram absurdos na ultima "globorural" onde me botaram na capa, que já tá dando problemas!! vou exigier retratação!!!
fui verificar a matéria na revista on-line.
estava lá até com meu nome, e um pedaço da nossa "historinha" contada à la moda "globorural". mesmo descontando os floreios jornalístico a sensação que fica não é positiva. ok, a revista quer passar uma mensagem através dessas personagens, mas deixa a pessoa numa posição ridícula. leia o email de esclarecimento do romeu abaixo.



From: romeu
To: organica@grupos.com.br
Sent: Thursday, October 05, 2006 8:45 PM
Subject: ESCLARECIMENTO - Globo Rural
Prezad@s Amig@s,
Acabo de receber a revista globo rural com a minha foto na capa, tudo estaria muito bom se na matéria interna não estivessem escritos tantos ABSURDOS.
Para começar, se eu soubesse que iriam fazer uma matéria ridícula ao estilo " Homem de sucesso" eu jamais teria concordado em recebe-los.
Entre os absurdos escritos, quero esclarecer que eu disse a jornalista que tínhamos tido uma intensa atuação na construção do consenso do texto da Lei 10.831 e que havíamos sido anfitriões de varias reuniões, inclusive a que definiu o texto da lei.
A revista atribui a mim a declaração de que a lei da agricultura "alternativa" foi escrita na varanda da casa onde resido "!!!!!!!
Estou chocado com a falta de profissionalismo, competência e irresponsabilidade dessa jornalista.
Uma declaração dessa denigre todo o processo democrático e constitucional da construção da lei, e é um desrespeito com as inúmeras pessoas da área governamental e não governamental que foram protagonistas desse processo.
Me colocaram numa posição vexatória.
Vou escrever a eles exigindo retratação.
Abraços
Romeu M. Leite
romeu@yamaguishi.com.br
fone/fax: 19 3867 3034
cel. 19 9625 5578

18 outubro 2006

emoções

As emoções não são algo que vem deliberadamente.
É algo que vem em naturalmente em pensamentos.
Não é algo que se tenha intenção nesse sentido em pensamentos.
Não é possível construir emoções intencionalmente.
Em outras palavra, é algo como uma reação reflexiva.
Se é reflexo, a razão é que elas refletem nalgo que existe no interior (coração).
Não há o que fazer com as emoções que vem (o exteriorizado).
Pois elas são os resultados.

16 outubro 2006

Humberto Maturana II

Entrevista

Humberto Maturana

Humberto Romesín Maturana é Ph.D. em Biologia (Harvard, 1958). Nasceu no Chile, estudou Medicina (Universidade do Chile) e depois Biologia na Inglaterra e Estados Unidos. Como biólogo, seu interesse se orienta para a compreensão do ser vivo e do funcionamento do sistema nervoso, e também para a extensão dessa compreensão ao âmbito social humano. É professor do Departamento de Biologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Chile. Prega a Biologia do Amar e do Conhecer para a formação humana. Sustenta que a linguagem se fundamenta nas emoções e é a base para a convivência humana. Fundou, em Santiago, o Instituto de Formação Matríztica, um espaço relacional que favorece a ampliação da compreensão de todos os domínios de existência humana, desenvolvendo estudos sobre a Biologia do Amar e do Conhecer, por meio de cursos, palestras e oficinas de conversações operacionais e reflexivas sobre a Matriz Biológica da Existência Humana.

Esta entrevista foi concedida aos Professores Mércia Helena Sacramento e Adriano J. H. Vieira, durante o seminário comemorativo dos 10 anos do Mestrado em Educação da Universidade Católica de Brasília.

Revista Humanitates – O senhor afirma que o ser humano é o resultado de transformações anatômicas e fisiológicas que ocorreram em torno da conservação do viver no conversar. O que é o conversar?

Humberto Maturana – O conversar é um fluir na convivência, no entrelaçamento do linguagear e do emocionar. Ou seja, viver na convivência em coordenações de coordenações de fazeres e de emoções. Por isso é que digo que tudo o que é humano se constitui pela conversa, o fluxo de coordenações de coordenações de fazeres e emoções. Quando alguém, por exemplo, aprende uma profissão, aprende em uma rede de conversações.

RH – O senhor costuma usar os termos linguagear e emocionar, qual o significado destes termos?

HM – Tenho transformado os substantivos linguagem e emoção em verbos, para fazer referência, para conotar que aquilo que eles significam ocorre no fluir do conviver. Não são coisas, não são elementos isolados porque ocorrem no fluir, a linguagem ocorre no fluir do linguagear. Não está na palavra, não está no objeto, está no fluir do viver em coordenações de coordenações. O mesmo ocorre com a emoção.

RH – O senhor diz que a maneira de conviver conservada geração após geração, desde a constituição de uma cultura, como linhagem, é fundamentalmente definida pela configuração do emocionar. Como se explica isso?

RH – As emoções definem o espaço relacional no qual ocorrem nossas ações, o que se diz, pela linguagem. Então, o mesmo gesto, o mesmo movimento vai ter um caráter ou outro segundo a emoção que o origina. O mesmo discurso vai ter um caráter ou outro segundo a emoção a partir do qual ele foi gerado, de onde ele se faz. As culturas são redes fechadas de conversações que produzem a configuração do emocionar, é nessa rede fechada de conversações que vai formar o caráter da cultura. Por isso é a emoção que guia, no fundo, o fluir histórico.

RH – Qual a importância das emoções na evolução humana?

A biologia do amar é o fundamento biológico do mover-se de um ser vivo, no prazer de estar onde está na confiança de que é acolhido, seja pelas circunstâncias, seja por outros seres vivo.

HM – As emoções são centrais na evolução de todos os seres vivos, porque definem o curso de seus fazeres: onde estão, para onde vão, onde buscam alimentos, onde se reproduzem, onde criam seus filhotes, onde depositam seus ovos, etc. Bem, com os seres humanos ocorre exatamente a mesma coisa. O emocionar, o fluxo das emoções, vai definindo o lugar em que vão acontecer as coisas que fazem no conviver. Então, se uma pessoa se move, por exemplo, a partir da frustração, isso vai definir continuamente o espaço relacional na qual se encontra e o curso que vai ter seu viver. Se vive a partir da confiança, vai seguir um curso distinto. Assim, portanto, o que guia o fluxo do viver individual são as emoções e na constituição evolutiva também. É o emocionar que se conserva de uma geração a outra na aprendizagem das crianças.

RH – Como educar uma criança para que ela se torne um adulto socialmente responsável?

HM – Numa educação amorosa, que vê a criança, que a escuta, que a acolhe com respeito. Uma educação que traz consigo à criança, a confiança em si mesmo e o respeito por si mesmo, é a educação que possibilita, portanto, a colaboração. A colaboração ocorre somente em um quefazer com outros, tendo respeito por si mesmo.

RH – O que é a biologia do amar e qual sua importância para o desenvolvimento humano?

HM – A biologia do amar é o fundamento biológico do mover-se de um ser vivo, no prazer de estar onde está na confiança de que é acolhido, seja pelas circunstâncias, seja por outros seres vivos. No caso dos seres humanos, isto é central na relação do bebê com sua mãe, com seu pai, com seu entorno familiar, que o vai permitir crescer como uma criança que vai ser um adulto que se respeita por si mesmo. Se você observa a história de crianças que se transformam em seres, chamemos assim, anti-sociais, vamos descobrir que sempre tem uma história da negação do amar, de ter sido criado na profunda violação de sua identidade, na falta de respeito, na negação de seu ser.

RH – Quando e como acontecem as mudanças culturais?

HM – As mudanças culturais ocorrem quando há as mudanças no emocionar que define as redes de conversação em que se vive. Em geral, estas mudanças culturais ocorrem simplesmente porque vão mudando as condições de vida e as pessoas vão mudando o que fazem, ou porque há situações experienciais que resultam, em nosso caso, em uma reflexão que nos leva a querer viver de outra maneira. Mas, o viver é sempre conservador. As culturas são conservadoras, de tal modo que uma mudança pode ser imperceptível, no sentido de que uma pessoa não se dá conta porque as condições de vida vão mudando, ou mudam as condições de vida sem haver mudança cultural porque o emocionar segue sendo o mesmo. Por exemplo, penso que seja o que acontece com a tecnologia da comunicação atualmente. Ou porque há situações que são comoventes, que faz com que alguém se pergunte porque está vivendo de um modo que não gosta, de estar vivendo num determinado momento.

RH – Quais são as diferenças básicas entre a cultura matrística e a cultura patriarcal ou matriarcal?

HM – A diferença básica reside no fato de a cultura patriarcal/matriarcal estar centrada nas relações de dominação e submissão, exigências, desconfianças e controle. De outro modo, uma cultura matrística, que vem a ser antecessora da cultura patriarcal/matriarcal, está centrada em relações de muito respeito e, portanto, de colaboração. Na cultura patriarcal/matriarcal não há colaboração. Quer dizer, pode haver, claro, mas o centro, o fundamental é a relação de dominação e submissão.

RH – Vivemos numa sociedade que promete a felicidade pelo consumo, pela posição social, por ter coisas. Esta mesma sociedade apresenta muitos sofrimentos. Estes sofrimentos nos indicam que precisamos mudar a cultura patriarcal/matriarcal, que incentiva a competição e o lucro, e retomarmos a cultura matrística?

HM – Veja bem, o sofrimento, como diz minha amiga Ximena Dávila, tem uma origem cultural, é resultado do sentimento de ser negado no convívio. Então, é claro que é sinal de que estamos vivendo num mundo relacional que nos nega. Daí que necessitamos de mudanças, necessitamos criar novos espaços de convívio. E sem dúvida, isso tem a ver com a negação do que somos originalmente seres amorosos.

RH – Como o senhor vê a democracia no momento atual?

...toda a propaganda para transformar as crianças em consumidores é um estímulo para a cobiça.

HM – Eu penso que o que se passa com a democracia é que tanto está fundada na possibilidade de colaborar para um projeto comum de mútuo respeito como se vê ligada por outras dinâmicas emocionais que se entrecruzam com ela, que tem a ver com noções filosóficas ou políticas, mas que enfatizam justamente a competição ou a desconfiança e o controle. Ou seja, se estamos gerando um espaço de colaboração na convivência em que apareça a competição, será destrutor da própria colaboração. Agora, se estamos gerando uma democracia, ou se queremos viver uma democracia que seja essencialmente um espaço de colaboração de pessoas que se respeitam a si mesmas, em um projeto comum, que é a convivência democrática em que apareçam noções de competição ou atitudes de competição, dependendo, é claro, do grau desta competição, como por exemplo, em nossa cultura, neste momento, toda a visão do comércio que se associa ao estímulo da cobiça, é destruidora da democracia. Quando Jesus disse “não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo, não se pode servir ao dinheiro e ao amor”, aponta certamente isso. Mostra que servir ao dinheiro tem a ver com a cobiça. Por isso o jovem rico para entrar no Reino de Deus tem que desfazer-se de suas riquezas, abandonar seus apegos, porque o Reino de Deus é, de fato, amar. É a democracia. É o que nos diz, assim, o Evangelho.

Então, estas emoções se entrecruzam, por exemplo, toda a propaganda para transformar as crianças em consumidores é um estímulo para a cobiça. Provavelmente estas crianças serão adultos que vão cobiçar, porque cresceram na busca da satisfação de qualquer coisa que querem, sem ter consciência do que isto significa no espaço social, no espaço de convivência, por exemplo, de seus pais, que não necessariamente podem comprar tudo o que os filhos querem. Mas, os filhos exigem e exigem por que estão convidados a isso. A propaganda, neste caso, é a instrutora, em última análise, da consciência da criança, da legitimidade do espaço de convivência no qual as pessoas não têm tudo. Se tiver uma convivência amorosa não necessita ter tudo.

RH – Qual a importância do jogo para o desenvolvimento humano?

HM – O jogo é uma atividade que se realiza no prazer de ser feito, com a atenção posta no prazer de fazer a coisa, pelo fazer mesmo, não na conseqüência. A importância disso é que o jogo permite a colaboração. Permite a seriedade do fazer pelo próprio fazer, pelo respeito àquilo que se está fazendo, pelo prazer de fazê-lo e não pelas conseqüências que poderá ter. A criança, ao jogar, aprende um modo de viver cuja atenção não está nas conseqüências, mas está na responsabilidade do que faz. Claro que vão ter conseqüências, mas o central não são as conseqüências, mas aquilo que a criança está fazendo ao jogar. Se alguém aprende isso pode colaborar, pode estudar, pode fazer qualquer coisa com satisfação e com prazer. Por que o central não será o resultado, uma nota, não é o que vai ganhar com aquilo, mas o processo mesmo de fazer. Isso dá liberdade de ação. Não quero dizer que alguém não pode fazer nada pelo resultado, sim, pode fazer, mas vai fazer com a seriedade de respeitar o processo, não vai fixar-se nos resultados.

RH – O que o senhor diria a um professor de crianças, da educação infantil, por exemplo. Que mensagem o senhor deixaria a elas ou eles?

HM – Não traiam as crianças! Não prometa acolhê-los quando os vai desconsiderá-los. Não prometa que vai levá-los a brincar quando vai ordená-los que se sentem e fiquem quietos. Porque o que um professor faz, às vezes, sem dar-se conta, é claro, é freqüentemente trair as crianças em função do que ele quer que elas façam. Por um lado os acolhe, mas na realidade os distingue, então a criança vive isso como uma traição. Um menino que está chegando na escola infantil e o professor diz “venha aqui, você vai brincar com as outras crianças!” e depois que o menino aceita isso ele diz “Bom, agora fica sentadinho aqui!”, vive isso é uma traição. As crianças sabem exatamente quando alguém promete algo e não cumpre, e vivem isso como uma traição. Isso gera dor e produz sentimentos, por que é uma negação de nossa condição amorosa.


A ÁRVORE DO CONHECIMENTO

Oas bases biológicas da compreensão humana
Humberto R. Maturana / Francisco J. Varela

O ponto de partida de A Árvore do Conhecimento é surpreendentemente simples: a vida é um processo de conhecimento; assim, se o objetivo é compreendê-la, é necessário entender como os seres vivos conhecem o mundo. Eis o que Humberto Maturana e Francisco Varela chamam de biologia da cognição. Esta é a sua tese central: vivemos no mundo e por isso fazemos parte dele; vivemos com os outros seres vivos, e portanto compartilhamos com eles o processo vital. Construímos o mundo em que vivemos ao longo de nossas vidas. Por sua vez, ele também nos constrói no decorrer dessa viagem comum. Assim, se vivemos e nos comportamos de um modo que torna insatisfatória a nossa qualidade de vida, a responsabilidade cabe a nós. As idéias de Maturana e Varela contêm nuanças que lhes proporcionam uma leveza e uma perspicácia que constituem a essência de sua originalidade. Para eles, o mundo não é anterior à nossa experiência. Nossa trajetória de vida nos faz construir nosso conhecimento do mundo – mas este também constrói seu próprio conhecimento a nosso respeito. Mesmo que de imediato não o percebamos, somos sempre influenciados e modificados pelo que experienciamos. Para mentes condicionadas como as nossas não é nada fácil aceitar esse ponto de vista, porque ele nos obriga a sair do conforto e da passividade de receber informações vindas de um mundo já pronto e acabado – tal como um produto recém-saído de uma linha de montagem industrial e oferecido ao consumo. Pelo contrário, a idéia de que o mundo é construído por nós, num processo incessante e interativo, é um convite à participação ativa nessa construção. Mais ainda, é um convite à assunção das responsabilidades que ela implica. Maturana e Varela mostram que a idéia de que o mundo não é pré-dado, e que o construímos ao longo de nossa interação com ele, não é apenas teórica: apóia-se em evidências concretas. Várias delas estão expostas – com a freqüente utilização de exemplos e relatos de experimentos – nas páginas deste livro. As teorias dos dois autores constituem uma concepção original e desafiadora, cujas conseqüências éticas agora começam a ser percebidas com crescente nitidez. A Árvore do Conhecimento tornou-se um clássico, ou melhor, recebeu o justo reconhecimento de seu classicismo inato. Tudo isso compõe hoje uma ampla bibliografia, espalhada por áreas tão diversas como a biologia, a administração de empresas, a filosofia, as ciências sociais, a educação, as neurociências e a imunologia.

Humberto R. Maturana
Ph.D. em Biologia (Harvard, 1958). Nasceu no Chile. Estudou Medicina (Universidade do Chile) e depois \nBiologia na Inglaterra e EUA. Como biólogo, seu interesse se orienta para a \ncompreensão do ser vivo e do funcionamento do sistema nervoso, e também para a \nextensão dessa compreensão ao âmbito social humano. É professor da Universidade \ndo Chile.

Francisco J. Varela
Ph.D. em Biologia (Harvard, 1970). Nasceu no Chile. Depois de ter trabalhado nos EUA, mudou-se para a França, onde passou a ser diretor de pesquisas do CNRS (Centro Nacional de Pesquisas Científicas) no Laboratório de Neurociências Cognitivas do Hospital Universitário da Salpêtrière, em Paris, além de professor da Escola Politécnica, também em Paris.

14 outubro 2006

Kensan Concentrado


Koide-san reformando o salão de tokkou

Tsujiya-san vai construir um caramanchão pra dar sombra...

marcelo, zemacio, sara, bia, romeu, estela, clelia, sueli, katia, ines, fabis, pedrito, silvio e paulo


A Auto Consciência
está agindo através do reconhecimento de dentro da mente
não está reagindo somente a coisa real (fato)
vai captando com a mente a coisa real
e processa com as informações do passado
as coisa obtidas através dos órgãos auditivos e visuais

a coisa vista , a coisa ouvida
e
os fatos são coisas diferentes

interessar pelo fato
mas
mais do que isso
a auto-cosciencia da sua própria percepção

de que "eu é que estou captando assim..."

23 setembro 2006

reparo do salão para vila paraiso


fui buscar telha que faltavam para completar a cobertura do salão....

tujiya e koide começaram a mexer no salão....

17 setembro 2006

a razão do kensan


"真理にも空間的・時間的因果関係をもって生起消滅しているのであるから、現象としては、その因縁の組み合わせによって、その果として出来た現象は、時代性を帯びている。だから、研鑽会が必要なのである。"

" Mesmo em relação a "razão verdadeira", aparece ou desaparece na relação temporal da causa e efeiro, sendo um fenômeno que resulta das combinações das causas e efeitos, estando ele sob o efeito da temporalidade, dái sim, a necessidade da "Reunião de Kensan"

13 setembro 2006

romeu no estadão



"impressões"

no exercicio de "olhar-se", "refletir", ...
a tendência é pinçar as "impressões"
pinçar o que "ficou na impressão"
e pensar que está se olhando, refletindo
isso pode ser uma atraente enganação....

pois...
as "impressões" pertencem ao mundo dos "fenômenos"
as "impressões" pertencem ao mundo do "aparente"

talvez...
o foco principal esteja nas que "não ficaram na impressão"...

12 setembro 2006

coisa X vez



uma coisa de cada vez....
...
uma vez de cada coisa...



10 setembro 2006

o interesse no "estado do coração"


[as coisas que (está) estou fazendo], [as coisas que (falou) falei], etc...
a atenção no cotidiano está, na grande maioria, voltada para partes visívies aos olhos.
parece dar importância ao [como está o "estado do coração"].
mas na realidade, está praticamente no desinteresse.
o "estado do coração" não são os sentimentos nem as emoções.
nem são os objetivos e ideais que estão dentro da cabeça.
nem o calor do coração.
nem o fervor das vontades.

corpo único, leveza, clareza, não possuir, dissolução mútua, etc...
casca, apego, fixação, dureza, correr sozinho, etc...
tudo isso são "estado do coração".
e nem é algo para se fazer isso ou aquilo conscientizando.


27 agosto 2006

Entrega a domicílio de Verduras Ogânicas em 1982

Estava fuçando arquivos antigos e achei isso. Foi no iníco de anos 80, em Londrina, inciávamos uma horta orgânica na Chácara Canaã, com entrega a domicílio de verdura e ovos no sistema Yamguishi de avicultura.









Original de Logotipo da Chacara Canaã





Cartão para divulgação



Uma das cartas aos usuários

1983 .Esses os maibrodis, Ryuji, Keigo e Ikuo e minha ex-cunhada Shanti(hoje morando na Espanha), trabalhando no horta. Eu tinha voltado de Japão, casei com Ines e estava trabalhando na Chacara Canaã. Keigo, trancou matrícula na faculdade de geologia de São Carlos. Ikuo e Shanti que moravam na comunidade dos Rajneesh (Alterna), vieram para a Chácara, após o fechamento da comunidade. Ryuji havia terninado a faculdade de EngAgrícola na UniCamp, e tinha resolvido voltar para Chácara.
E o Joel já trabalhava conosco desde essa época......






Folha de Londrina, sábado, 14/07/1984
AS VERDURA SEM AGROTÓXICOS DA CHÁCARA CANAA
Um misto de filosofia, religião e e tecnologia alternativa. Que está dando bons lucros.

Produzir hortaliças sem recorrer aos chamados insumos modernos (adubação mineral e controle químico das pragas e doenças) e criar galinhas pelo método Yamaguishi, que os adeptos definem como interação de "harmonia da natureza e ação humana". Eis o projeto dos irmãos Alam e Nelson Minowa, da Chácara Canaã, de Londrina, que já colhem as vantagens da idéia, menos de um ano depois de colocá-Ia em prática.

Ambos se inspiráram em iniciativas pioneiras, com resultados práticos já consolidados no Japão (Yamaguishismo) e no Estado de São Paulo (agricultura orgânica). Mas no Paraná, a proposta não tem precedentes bem sucedidos.

Tudo começou quando Alam, ao terminar o curso de medicina veterinária, na Universidade de Londrina, perseguia com certa obstinação a criação de aves através de sistemas que fossem bem diferenciados do convençional porque este visa exclusivamente à produção em escala que impõe sacrifícios às aves, transformando-as em máquinas de produzir ovos ou carne. Acabou encontrando o que queria no Japão, onde ficou dois anos, tempo suficiente para assimilar bem o método Yamaguis­hi, já em estágio de desenvolvimento industrial e comercial, agregando valores culturais, econômicos e sociais de numerosas comunidades.

E Nelson, com a mesma conotação ideológica e filosófica, nem chegou a concluir o curso de Comunicação Social, transferindo-se para uma comunidade, "Alterna", no Estado de São Paulo. Os membros dessa comunidade, seguidores da filosofia do indiano Bhagwan Sheree Rajneesh, conferem um valor importante à natureza e propugnam pela sua "exploração" de maneira "harmônica e respeitosa".

A QUESTÃO COMERCIAL: UMA DISCRETA VENDA A DOMICÍLIO

Mas os irmãos Minowa não disfarçam: ao lado do componente filosófico existe o interesse comercial assumido, porém praticado com igual discrição e convertendo bons dividendos em cima da originalidade. Por exemplo: as verduras são vendidas a uma clientela seleta já definida que sabe discernir as vantagens das verduras isentas de veneno, ainda que seu aspecto visual não seja necessariamente tão viçoso como as produzidas pela técnica convencional, invariavelmente portadoras do risco de contaminação por resíduos de veneno.

Semanalmente, são entregues, a domicílio, 70 cestas contendo uma variação de 10 produtos e uma dúzia de ovos caipira (distinguidos pela coloração escura da casca e gemas bem vermelhas, ponto de referência inconfundível do tratamento dispensado às galinhas: mais ervas e microorganismos, que elas encontram ao ciscar livremente e menos concentrado preparado pela indústria.

Um marketing eficiente é o que sugere este pacto de não adulteração dos valores da natureza. Já existe mais de uma dezena de famílias inscritas esperando que os Minowa aumentem a produção.

Um indicador que referenda o nível de conscientiziação dos consumidores quanto ao medo espalha­do pela contaminação dos alimentos.

É POSSÍVEL? É.
O uso de compostos orgânicos, mistura de palha de milho e arroz, bagaço de cana, cavaco de madeira e, eventualmente, esterco de curral, além Ida infalível cama de frango, formam sucedâneos vantajosos do adubo químico. Disso ninguém tem dúvida e não chega a seJ; novidade nas proprieda­des que cultivam hortaliças ou grãos, preocupadas em baratear o custo de produção.

Mas o que os técnicos em geral relutam em aceitar é a dispensa total e absoluta dos defensivos que ignora até mesmo o uso racional desses fatores de produção. Pois foi justamente este o desafio que Nelson Minowa resolveu aceitar ao retomar da comunidade para o convívio dos pais, em Londrina.

Desde julho do ano passado, quando se dispôs a praticar este tipo de horticultura, não aplicou sequer uma gota de veneno. As verduras têm mais paladar (depoimento de consumidores) e, no campo, apresentam o mesmo rendimento da convencional a um custo de produção seguramente mais baixo, embora Nelson ainda não possa dispor de dados mais sólidos a esse respeito.

SEM PREOCUPAÇÃO COM A TÉCNICA
Nelson conta que os primeiros pés de couve sofreram forte ataque de lagartas. Ele tentou um "inseticica caseiro" à base de pimenta, cozida e esmagada, mas não deu certo. Preparou, a seu modo, sabão com nicotina (pressuposto: se o cigarro faz mal ao homem pode fazer às pragas) mas também não funcionou.

No entanto, Nelson se recusou a recorrer aos agrotóxicos. O resultado foi que lagartas atingiram odeterminado pico de infestação e em poucos dias, sem maiores danos, entraram em curva dscendente.

Nelson conta que çeu comentarios na FOLHA RURAL sobre os perigos dos defencivose e levou em conta, como sugestão, que se lagartas, vaquihas ou perceveljo persistem no ataque a couves e cenouras, uma forma de vencê-los (quando a produção é pequena ( é aumentar o plantio dessas hortaliças como que "reservando uma parcela para os insetos", dentro dos riscos normais de qualquer atividade agrícola. é admitir perdas dentro de um risco inerente, como o é a geada e outras adversidades.

Observação que o próprio Nelson acha interessante: "Depois de um certo nível de ataque, ai quantia de pragas se reduz naturalmente, dependendo da época e do clima. Ora, esparramar veneno nesta fase é chover no molhado".

O rapaz não faz questão de buscar fundamentação técnica no estilo de manejo que vem desenvolvendo; ignora conscientemente técnicas que são elementares. Mas está convicto de que "deu certo". No entanto, este comportamento aleatório embutido na filosofia que se resume em "viver em harnonÍa com o meío ambiente" no qual pragas e insetos-pragas não são necessariamente inimigos e, competidores, não deve estar desprovido de carater científico. E o manejo da horta é uma questão tão técnica quanto prática. E o caso, por exemplo, de optar por produtos menos suscetíveis. Pragas e doenças, como não plantar tomate e pepino, altamente exigentes em defensivos. Paralelamente optou-se por hortaliças de ciclo curto, outro macete para prescindir dos insumos convencionais. A saúde do solo mantendo-o livre de inóculos pode ser conseguida através do preparo mínimo, respeitando a vida microbiana. "Certos equipamentos e insumos agridem o solo" - observa Nelson.

Enfim, a opção aparentemente apenas filosófica, é factível de se embasar em princípios técnicos bem consistentes. Eis que a agricultura orgânica cresce no Brasil, com depoimentos e experiências práticas que ganham certa notoriedade sugerindo que se pode produzir com relativa independência.

No caso da Chácara Canaã, a área é pequena (menos de um aIqueire), mas, gradualmente, pode ser aumentada mantendo-se o mesmo nível dê ataque de pragas, o que está nos planos dos Minowa, hoje trabalhando com alface, repolho, beterraba, acelga, nabo, almeirão, bróroli, couve-flor, vagem, ervilha, berinjela, chêiro-verde, chuchu, couve­manteiga, batata-doce, cenoura.Irrigação modesta, capina através de enxada, controle manual das "poucas" pragas que áparecem.

Às quartas e sextas-feiras as cestas de verduras são feitas na própria horta, ainda com gotícu­Ias de orvalho. As folhas da couves e almeiirão perfuradas pelos insetos chegam a ser um charme para os consumidores que não transigem na sua rejeição ao uso de defensivos. Para eles, a presença de uma ou duas lagartas é o melhor testemunho da ausência de agrotóxicos. Do lado romântico da coisa, o nissei Nelson, usando gíria para falar da sua atividade, acha tudo isso "o maior barato". Difere, a começar da linguagem, da totalidade dos horticultoresda mesma origem, geralmente pessoas fechadas que escondem informações, negam que tenham lucro e desconfiam da imprensa. Ele, pelo contrário, vende barato (opinião dos consumidores), aposta na "dádiva da natureza" e propõe que o ato de produzir é um meio de assegurar a sobrevivência, sem necessariamentêe trnsformar o lucro num obsessãoc comercial. Contudo, garante que está ganhando bon dinheiro.

Na próxima edição: a criação de galinhas segundo o sistema Yamaguishi; o galpão com teto solar eo ovo caipira da gema vermelha.


23 agosto 2006

fazer juntos é....?

fazer juntos
é ir ao supermercado juntos
mas não é o "ir ao supermercado juntos"

é ir a curso de milagres em são paulo juntos
mas não é o "ir a curso de milagres em são paulo juntos"

é fazer a refeição juntos
mas não é o "fazer a refeição juntos"

é dormir juntos nas mesma cama
mas não é o "dormir juntos nas mesma cama"

o que está por trás, é o que vale
a "intenção", é o que vale
mas... depende da qualidade dessa "intenção"
não é se a intenção é boa ou é má
não é querer bem ou querer mal do outro

é....
se dentro dessa intenção
se dentro do coração
existe o outro ou não existe o outro

se existe ou não a postura de
antes de mais nada
antes de priorizar a sua própria sensação

antes de priorizar a sua própria vontade
antes de executar a sua própria vontade

escutar e "auscultar" a vontade dos outros
escutar e "auscultar" o coração dos outros

porque eu digo isso?
é porque eu quero fazer junto com você
formar um "casal corpo único"
vamos fazer kensan?
quer entender? sim queremos entender...
mas não é entender baseado na própria régua

carinhosamente
alam

18 agosto 2006

Humberto Maturana





Humberto Maturana
Entrevista com o cientista chileno Humberto Maturana"Um problema de desejo"
Por Omar Sarrás Jadue*

"A conservação não é pela Terra, é por nós. A biodiversidade é importante para nosso bem-estar fisiológico, psíquico, estético, relativo; é um problema de desejo, de bem-estar", diz Humberto Maturana, pioneiro da "biologia do conhecimento".

Santiago do Chile - Para o cientista chileno Humberto Maturana, de 72 anos, os seres vivos são máquinas que se distinguem de outras por sua capacidade de se "auto-reproduzir". Esta teoria - que ele chamou de "autopoiese" - cativou muitos filósofos, psicólogos e ambientalistas no mundo, interessados em explorar a essência da vida a partir da "biologia do conhecimento". Doutor em biologia pela Universidade de Harvard, Prêmio Nacional de Ciências em 1974 e premiado nos Estados Unidos e na Europa, Maturana explora o íntimo do ser humano através da análise das emoções, do amor, da amizade, do poder, da educação e da importância da linguagem. Autor de "De Máquinas e Seres Vivos" e "A Árvore do Conhecimento. As Bases Biológicas do Conhecer Humano", Maturana continua fascinado com os mistérios da vida, que tenta decifrar a cada dia em seu escritório no laboratório de Biologia da Universidade do Chile, em Santiago, onde conversou com exclusividade com o Terramérica.

P: você concebe os seres vivos como unidades fechadas que se auto-reproduzem. Como vê isso?
R: O vivo tem a ver primeiramente com a conservação, não com a mudança. Os seres vivos são sistemas moleculares, redes de elaboração e transformação de moléculas. A organização, os processos, não mudam; o que muda são as moléculas particulares, os componentes que entram no processo. A isto que se modifica, chamo de estrutura. Por exemplo, alguém fica doente e enfraquece, perde moléculas; depois, melhora, recupera seu peso, sua musculatura. Aí ocorreu uma série de mudanças estruturais, mas conservou-se a organização, o viver. Os seres vivos são máquinas que se definem por sua organização, por seus processos de conservação e que se diferem das outras máquinas por sua capacidade de se auto-reproduzir.

P: Descartes disse algo parecido: que os seres vivos eram o mesmo que os autômatos, eram bonecos sem emoções. Segundo sua compreensão mecanicista da vida, os seres vivos têm emoções?
R: Naturalmente, todos os animais têm emoções.

P: Como se explicariam essas emoções que talvez os tornassem diferentes de uma máquina?
R: Vou falar de uma máquina que tem emoções: o automóvel.

P: O automóvel tem emoções?
R: Claro. Você engata a primeira e tem um carro potente, e diz: "que potente é este carro em primeira! é agressivo, porque apenas encosta no acelerador.. ruuuuummm... parte!"

P: Mas, isso não é metafórico?
R: De certa maneira, porém, mais do que metafórico é isofórico, isto é, que faz referência a uma coisa da mesma classe. Engate a quinta e siga a uma velocidade alta, o carro está tranqüilo, fluido e sereno. O que acontece então? Cada vez que muda a marcha, muda a configuração interna do automóvel e esse carro faz coisas distintas. As emoções correspondem precisamente a isso; do ponto de vista biológico são mudanças internas de configuração que transformam a reatividade do ser vivo, de modo que esse ser vivo no espaço relativo é diferente.

P: O que seria específico de uma emoção humana?
R: O ser humano pode lançar um olhar sobre sua emoção, pode refletir porque tem a linguagem. Mas, o animal, que Descartes trata tão negativamente como autômato, não tem como dar essa olhada reflexiva.

P: Então, a emoção do animal é como a do automóvel?
R: É como sua emoção quando não se dá conta dela. Por exemplo, se tem um filho, que se encontra triste, mas não sabe exatamente o que lhe acontece, e você diz: "estás triste, é isso o que acontece contigo". Nessa conversação a criança começa a tratar o que se passa com ele como tristeza, e aí aparece o olhar reflexivo. Um cãozinho que está triste não tem como dar essa olhada reflexiva; comporta-se de maneira triste, mas não tem como dizer-lhe "estou triste", como diz seu filho.

P: Uma concepção mecanicista como a sua parece transformar em fumaça a oposição entre natureza e cultura. Fazendo esta distinção, como é a relação do homem da cidade atual com a natureza?
R: A natureza para o ser humano da cidade atual é o artifício cultural onde vive, esse é seu mundo natural. Para uma criança que cresce na cidade - com automóveis, aviões, rádios - esse é seu mundo natural. Do mesmo modo que para a criança que nasce na África, com leões, rinocerontes, pássaros, esse é seu mundo natural. Esta cidade artificial também é parte da natureza.

P: Há alguma diferença?
R: Não há diferença para a criança que cresce na cidade, porque ela vai distinguir as diferentes marcas de carro como a criança do campo distingue os diversos tipos de pássaros.P: Esta distância com o resto das espécies tem alguma conseqüência na forma como o homem percebe e se relaciona com esse mundo?R: Certamente. O resultado é que o que não se vê, não se vê. Se a criança vive toda sua vida até a fase adulta na cidade, o mundo que está fora dela não fará parte de seu universo, de seu nicho ecológico. O espaço ocupado por um ser vivo no meio é seu nicho, ali entra tudo o que o afeta e nenhum ser vivo vê além de seu nicho.

P: Você disse que nossas decisões sobre o meio ambiente podem causar ou a recuperação do espaço da biosfera ou a transformação do planeta em uma lua habitada por seres humanos que vivem em cápsulas, produzem quimicamente seus alimentos e onde não há lugar para outras formas de vida. No entanto, isso, necessariamente, não ocorrerá.
R: Não, não necessariamente. Quanto mais rápido se incrementar a consciência ecológica mais potente ela será e, assim, nos levará a tomar medidas drásticas, que supõem dificuldades para muitos, mas que conservarão o espaço onde os seres humanos possam viver. Do contrário, ou nos extinguimos ou nos transformamos estritamente em seres que vivem num mundo artificial, que serão, então, o mundo natural. O que queremos? Porque a conservação é uma questão de desejo, de estética, de estar bem; este não é, em princípio, um tema de argumentação racional.

P: Estudando a vida, você encontrou uma ordem no mundo? Existe uma racionalidade que lhe seja inerente?
R: Não há uma racionalidade no mundo, não há finalidade nele. Apenas existe um conjunto de interações. O mundo segue à deriva. À Terra não importa em nada que a vida se extinga, não seria o primeiro planeta a morrer. Insisto: a conservação não é pela Terra, não é pela biosfera, é por nós. A biodiversidade é importante para nosso bem-estar fisiológico, psíquico, estático. O grande dom dos seres humanos é que podemos criar tecnologia, mas, também, podemos detê-la, nos livrar das máquinas quando deixam de adequar-se ao que queremos; é uma questão de desejo.

08 agosto 2006

trasncrição da gravação - mi yamagishi

「自分の考えはいい加減なもんや」と思ったら、そこから一体が始まる。まずその自分になること、用意するならそこからすること。相手があって一体の人やなしに、自分がなること。自分の考えが正しいとしない人。とにかく我のないというのはそこなのよ。「自分が優れている」、「正しい」、或いは「みんなの決めたものを正しい」とする頑固なもの、それがなくなったのが一体よ。それから始まらなければ一体は始まらん。そのコモトが出来てなければ、なんぼやってもあかん。これが一体研鑽の一番初歩で、一番基本やと思う。相手に問題があるのでなく、自分が本当に一体の自分かどうかよ。自分よ。それでこそ話し合いが出来るのよ。いっぺん聴いてほしかった。「ああ、そういうことか」と聴いてもらって、向こうさんのも聴いて、聴いてるうちに、「それも正しいとは言えない」として研鑽していくのが一体社会やろ。

07 agosto 2006

Os passos

Os passos para a Sociedade Corpo Único

① primeiro
... uma sociedade que normaliza (faz a correição) os conceitos que estão na base das emoções, dos pensamentos, e das ideias. [ a revolução do conhecimento de si ]
... percebe as ilusões, teimosias, raivas, torna-se pessoa que consegue conversar mutuamente sem ideias fixas, nem apegos,
... ser uma pessoa que deseja conscientemente em prosperar junto com todos (céu, terra, pessoas) , em construir uma sociedade bem habitável.

② segundo
... uma sociedade que normaliza (faz a correição) o coração, que normaliza o ser humano em si. [ a revolução do conhecimento da vida humana ]
... ser uma pessoas que não se abala ( não muda o coração ), que não se perde de si, em qualquer que seja a circunstância.
... conhece o seu objetivo, vive a sua vida com o que existe no fundo do seu coração... uma pessoa que sem necessidade de estar ficando "cônscio", já é assim.

③ terceiro
...estado original do ser humano, uma sociedade adequada a ele. [ a revolução do conhecimento da sociedade ]


Estrutura Social sem Desrazão (sem nada forçado)

① primeiro
- para pessoas que querem antes de tudo proteger-se, ficar rico e se fartar, uma sociedade que possibilite isso.
- para pessoas que mesmo que não consigam se entrozar com pessoas, fazer com que não invadam os outros.
- estabelecer o limite/área para cada pessoa, e fazer com que se sintam satisfeitas dentro disso.
- com o que essa pessoa consegue fazer, viver a vida (qualidade) que essa pessoa consegue vivier.
- não estender a mão descuidadosamente. não dar ajuda mais do que necessário. qualidade (padrão) de vida de acordo com a real qualidade do que existe dentro dessa pessoa.
- preparar oportunidade de kensan para cultivar a consciência, através do conhecimento da sua formação, as ligações com o seu entorno e do conhecimento do amor que está recebendo.

② segundo
- sociedade que forma e protege pessoas através de kensan, se colocam na visão corpo único e tentam prosperar juntos.
- pessoas que priorizando o seu pensamento/vida cotidiana, desejam e cooperam para a sociedade de harmonia geral. fazem o trabalho e a vida cotidiana individualmente.
  ↓ 
- etapa em que eliminando as fronteiras no trabalho ou na vida cotidiana (sem cerco individual) , tenta levar adiante descobrindo o consenso através de kensan. mantém as finanças individualmente.
 ↓ 
- pessoas que tendo o "seu pensamento" como sujeito (núcleo central) , objetivam o rumo de vida que não possuem nem as finanças, nem a vida cotidiana, nem o trabalho.
  ↓ 
- de acordo com o tanto que se tornou um "eu que qualquer um pode utilizar", (qualificação) pode uilizar vivificando livremente tanto os materiais como o si. ( uma sociedade em que o tanto que tem "apego", não fica livre, não consegue vivificar )

③ terceiro

A verdadeira vida de corpo único, vivida pela pessoa "sem centro", "sem eu", "sem posse", não possui nem coisas, nem dinheiro, nem familia, nem o si. Algo que não tem barreiras entre si e outros, e que o todo se tornou corpo único neste vasto mundo. Uma sociedade que não precisa de dinheiro, uma sociedade que não precisa do "meu pensamento". Não é de ninguém, qualquer um pode utilizar, um mundo em que se vivifica as ambas mutuamente o máximo adequadamente.

by S.Y.

18 julho 2006

a morte

me disseram que
não há o que temer
pois
quando eu estou, ela não está...
quando ela está, eu não estou...

as minhas inadmissividades

uma pessoa
credula
não ser reflexiva
que acredita em duendes

09 julho 2006

出す、出さない - Fala, Não fala



Fala, Não fala
Nas reuniões e mesmo no cotidiano

Pensar por si mas não se colocar é a prova de que [tem auto confiança nos próprios pensamentos]?
Taciturno, reservado, comedido, demonstra profundidade, ar reflexivo...
Pessoas caladas, pessoas que não se colocam não se apercebem que são extremamente auto-confiantes.

Se não tem auto-confiança, começam a medrar tanto ideias como pensamentos e fica com vontade de se colocar.

kensan e crença cega

Nas Escolas de Kensan, nos Tokkou, ou na Associação Yamaguishi, vinhamos talvez chamando genericamente de [kensan] ou [yamaguishismo], o fato de termos examinado e praticado "a maneiras de ser", "a maneira de pensar" e "a maneira de vivier" do ser humano e da sociedade humana que seja a verdadeira.

Kensan ou Yamagishismo não é procurar/encontrar a verdade e levar à prática, é através de Yamaguisismo e Kensan procurar/encontrar a verdade e levar à prática.

Esta diferença/distinção é de tamanha gravidade, significa que poderiamos estar simplesmente enganados, pensando que estava fazendo yamaguishimo e kensan, fora da essência do yamaguishismo ou kensan.

Praticar/executar o que eu penso que seja a verdade. Significa que isto em si, já de antemão está fora do kensan e do yamaguishimo.

Está baseado na crença cega, no fixação sem a autoconsciencia pelos meus pensamentos.

Nos casos em que haja consenso numa reunião de kensan, será que muitas vezes o que acontece é que está sendo tomado uma decisão, por cada uma das pessoas que creem cegamente nos seus pensamentos?

Fazer o que eu penso que é bom, é correr sozinho, mas fazer o que todos acham bom é ato de correria descontrolada coletiva.

Mesmo sem a autoconsciencia de que não está fixando, mesmo se juntarem e conversarem os cegos crentes em si que colocam peso no fato de pensar que é bom com os meus pensamentos, só vai inflar a cegueira coletiva.

É natural e óbvio que não é possível acreditar, nem desconfiar, nem criticar, nem julgar com os meus pensamentos, ficar julgando "aquilo é verdadeiro", ou "em direção ao verdadeiro objetivo" sem essa base, só vai dividir e é ovio que surjam sentimentos contras, paredes e confrontos.

Perceber o quanto antes a minha própria tendência em acreditar e fixar os meus pensamentos, a partir das pessoas que perceberam, quero caminhar o caminho da incorporação do kensan.

28 junho 2006

Porque tanta conficança nos meus pensamentos (minhas percepções)?

- o que é "confiança"

- o que são "meus pensamentos"

09 junho 2006

o interesse

quando se diz que interessa por algo,
esse algo é:
o que vê e ouve (as percepções)
ou
é aquilo que está na sua frente

04 junho 2006

Jikkenti
Uma experiência objetivando sociedade corpo único


Pensamos que o estado natural (original) do ser humano seja a prosperidade das pessoas do mundo inteiro, em amizade e alegria, tornando se "um só".

Através do desenvolvimento da ciência e da tecnologia, a civilização material tem alcançado avanços a passos largos. De outro lado, no aspecto da ciência social e da ciências humanas , muitos são baseadas nos fatos históricos do passado ou nas atuais circunstâncias mundiais, o que nos faz pensar que a elucidação da verdadeira sociedade humana e a essencialidade do ser humano está atrasada.

Não haver lutas e raivas é a essencialidade do ser humano. Não haver crime nem castigo é a sociedade verdadeira. E sem que deixasse findar em sonhos e desejos, mas através da elucidação lógica e do desenho de métodos de realização, estamos a tentar demonstrar através da sua prática.

Mesmo que em escala pequena, estamos acumulando dias de pesquisa e experiência de uma sociedade e de pessoas que vivam em harmonia com qualquer pessoa ,como se fosse família, sem nenhuma pessoa infeliz, sem crime nem castigo, sem lutas nem raiva.

03 junho 2006

a confiança total nas minha percepções - série 1
aconteceu esta semana

os pneus do parati que uso estavam murchando rapidamente, enchi 2 ou 3 vezes esta semana
enfim, fui a loja de pneus e o exame mais minuncioso indicou que já estavam precisando de trocar, o que foi feito com muito pesar dos meus bolsos...heheh

noooosa! que diferença!!!! que maravilha!!!
ao andar com pneus novos, percebi o quanto estava andando com as trepidações dos pneus velhos e desregulados, como se isso fosse o normal, baseado nas minhas sensações, nas minha percepções..... tanta confiança que deposito nas minhas percepções


a confiança total nas minha percepções - série 2
das conversas na reunião de administração semanal na fazenda, hoje.

tem um fucionário na oficina (mecanico) que apresentou vários indícios de furto de materiais da oficina (gasolina, óleo, peças) e também teve pessoas que testemunharam esse ato, e nos denuciaram

é uma pessoa muito afável, um profissional de mecanica que pode ser considerado de bom nivel. tem amizade com outros colegas, sempre brincalhão, ...

até desconfiar e ter fortes indícos que ele praticava furto considerávamos ter um ótimo relacionamento, consideravamos como um bom funcionário, contente com a vida, dedicado ao trabalho, um amigo....

no momento que ficamos sabendo (desconfiando) estas consideração, a amizade, e tudo mais foi pros ares agora, o cara é um canalha, um ladrão, um falso....etc e tal...

o que mundou?
mudou é que ficamo sabendo...... só isso
o fato é que ele praticava, (pensava também) isso há tempos....
ele já era assim....
ele já fazia isso, independentemente de nós (eu) sabermos disso...

ueéééé´? que amizade é essa (amizade que sentia da minha parte) que existia entre nós?

de novo: a confiança total nas minhas percepções....
uma amizade baseada na confinaça total nas minhas percepções...
enfim, é foda saber que era uma amizade ilusória
na verdade, essa amizade só existia dentro da dessa minha cachola...

eu as inventei, baseado totalmente na minha confiança cega nas minhas percepções...

o que dizer então das nossas outras relações?
relação de casal? de colegas de trabalho? etc....
manter a relação com esposa baseado na confiança total nas minhas percepções?

e então
como é uma "verdadeira amizade"?
como é um "verdadeiro casal"

31 maio 2006

A auto-consciência....

Sem a autoconsciência de que "o que estou pensando que é bom" é apenas "sou eu que estou pensando assim", passa a tomar isso como "algo bom de se fazer"

Mesmo que no coração esteja desejado o bem para todos, aí brota a idéia fixa e começa o "empurro" destas idéias fixas aos outros.

Não fica limitado restrito como sendo "a minha opinião", mas nasce daí a fantasia e ilusão chamado "coisa boa", "boa causa", e não enxerga o ser humano como um ser humano, e se atola no mundo de julgamentos, condenações e prisão.

Apesar de fazer com o sentimento de "para o bem de todos", entra no mundo lutas e confrontos individualistas.

E como tem esse sentimento como sendo "algo bom", ou "boa causa", torna-se difícil a auto-reflexão, e assim tende a pensar que o tema (ou o problema) está no outro.....

Mesmo desejando o bem de todos
Mesmo com boas intenções
Mesmo com o "hei de prosperar junto com todo universo"
O fato é que acaba indo para a direção contrária

O esclarescimento desse mecanismo
Cada um se despertar para este fato
Entrar no "modo auto-exame"
É onde mais necessário colocar a força
A primeira etapa para a construção da revolução social

28 maio 2006

Auto Consciência de que "eu é que estou captando"

Através de seus sentidos que recebem os estímulos, o cérebro capta como informação e contrasta com as visões de mundo, conhecimentos, experiencias, memórias que veio cultivando até então, e assim reconhece o mundo. Isto é, capta o mundo com o que foi fabricado pelo trabalho dos órgãos sensoriais, os estímulos extenos e do trabalho do cérebro. Pode se dizer que ele só consegue reconhecer o mundo através do que ele consegue captar.

Como ele reconhece o mundo real através do mundo que ele captou, se não haver autoconsciencia de que [sou eu que estou captando assim], é razoável que ele não consiga distinguir o [mundo real] do [mundo que ele capta]. Assim, pode se dizar que [o que ele pensou está sendo como se fosse fato], [o seu pensamento e o real está misturado]

O ser humano, desenvolveu a sua inteligencia e a cultura, inventou coisas, mas o que é mais fundamental e básico, isto é, a auto onsciencia de que [é ele que está captando assim], provalvelmente ainda está muito a ser desenvolvido...

20 maio 2006

"A gente só leva da vida a vida que a gente leva".
by Tom Jobim
A morte do jardineiro
by amigo "J. M."

Superado o medo,
Superado o engano da clareza,
Superado o engodo do poder,
Vem-me a velhice.
O que se há de fazer?!
Com ela convivo no tempo presente,
Sem passado e sem futuro.
E, como vai-me chegando a morte,
Sinto-me mais perto de tudo quanto já vivi.
Sinto-me mais semelhante às sementes
E, como elas, desejo morrer.
Que há de mim germinar?!
Que há depois de florir?!
Vivi morrendo de amores,
Vivi plantando árvores,
Plantando flores.
Agora morro pra viver em tudo,
Me espalhar feito erva no chão,
Feito trepadeira num caramanchão.
Morro na unidade
Pra viver disperso,
Espalhado no universo.
Assim, serei mais eu,
Serei mais tudo,
Mais corpo único,
Mais completo,
Serei mais nada.
...
Enfim,
Deixo de ser jardineiro
Pra voltar a ser jardim.

06 maio 2006

imput - output



...........imput


entre....e --------o que acontece dentro de mim nesse intervalo?

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02 maio 2006

conhecer o si, conhecer o eu verdadeiro

Se pensar na felicidade de uma vida inteira da pessoa humana, penso que é manifestar e fazer crescer ao máximo o sabor pessoal e a característica individual da sua própria pessoa, dentro de um ambiente social rico e generoso, estável, tendo saúde tanto de corpo como de espírito.

O ser humano, por que será mistério, cada um tem as suas individualidades, sabores pessoais tão ressaltados. Será que originalmente, o ser humano não nasceu para viver e ser vivificado, cada um de maneira diferente?

Para realizar a felicidade da pessoa, penso que é necessário uma sociedade que facilite a felicidade, isto é, isto é, um ambiente social em que haja intenção de vivificar e fazer crescer os sabores pessoais e as características individuais.

5. E então, cada um, conhecer o seu sabor pessoal, e viver a vida que só ela pode viver. Examinar o seu sabor pessoal, experimentar, esmerar, e ir se colocando na função mais necessária.

4. É conhecer verdadeiramente a si próprio. Para que objetivo eu estou vivendo. Para onde eu estou avançando. A partir daí, examinar o seu sabor pessoal, a sua própria característica, e examinar o rumo (modo) de vida o mais apropriado a si.

3. Conhecer a si mesmo, significa também conhecer a sociedade que compõe o si.Isto também é conhecer o mundo que inclui o si próprio, e isto se inicia em conceber (conhecer) sincera e honestamente, todas as coisas do mundo da maneira como ela é.

2. Há a necessidade de conhecer a si próprio, tais como a sua origem, a formação, a história, que não seja contaminada por sensações de comparações nem de relativismos. Enquanto houver barreiras como complexo de superioridade, complexo de inferioridade, sensação de ganho-perda, interesse próprio, não é possível enxergar nem a si, nem as pessoas, nem as coisa como elas são. Tomar como o fundamento, tornar-se pessoas que [faz ciência objetivamente e friamente], [ sem apego ao próprio pensamento, sem ambição egoísta, sem fixação.

1. Colocar como base a [postura de ouvir] e o [como será ma verdade]. Isto significa cultivar a [postura de kensan] e a [visão corpo único]. Isto é, pode se dizer que é se tornar pessoa que se posiciona sobre a base do [amor] e da [inteligência].

Vamos tomar isto como o começo de tudo.

01 maio 2006

Reunião de Kensan - Série Conhecer Me


João & Pedrito & Sara
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João & Toninho
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Fabis & Claudio


Adriana & Alam
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Romeu & Adriana & Katia & Cesar
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Sara & Adriana
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Marina & Katia
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Adriana & Alam
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toninho,marina,katia,adriana,romeu,sara,dalto,cesar,alam
bia,maria,joão,nena,fabis,claudio,marceline,pedrito



.....Porque?.....

Numa roda de Kensan

O exame e a pesquisa feita com a pergunta:"- Porque ... ?"
exemplos:
- porque tem (tenho) raiva?
- porque me sinto sozinho?
- porque me enrosco com ele ?
- porque ... ?

Tem gente que responde:
- para os outros, se explicando, se justificando
- debatendo, para ganhar a discussão
- explanando com conhecimentos adquiridos
- com experiencias do passado
- se desculpando, com arrependimento
- fazendo analises, tentando descobrir as causas
- na defenciva e contra-atacando
- qualquer coisa não sabendo do que se trata

Mas
Antes de pensar isso ou aquilo
Com seus conhecimentos e experiencias
Antes de achar que já tem as respostas
Perguntar a si mesmo
E através do retorno que vem dentro de si
Conhecer a si mesmo de agora, deste momento
É o começo...
Do mais necessário reconhecimento de si mesmo