parece que vemos a mesma paisagem
não importa qual seja a nossa miragem
parece que vemos a mesma miragem
não importa qual seja a nossa paisagem
não importa o destino da nossa viajem
[ Abolimos as lentes
[ Abolimos os filtros
[ a maquiagem do sorriso
[ as roupas e nossos vestidos
[ E hoje eu me sinto nú perto de você
[ hoje eu me sinto nú perto de você
[ eu me sinto nú
[ nú núuu
Abolimos as lentes os filtros e tudo que nos prende..
by carla vieira
http://carlafro.blogspot.com/
29 maio 2009
27 maio 2009
kensan para conhecer a si
24 maio 2009
21 maio 2009
Enganando o seu cérebro
Você alguma vez quis mudar a maneira que você enxerga e sente o mundo? Não seria divertido sentir alucinações enquanto almoça ou qualquer outra situação normal? Embora nós normalmente associarmos tais fenomênos com drogas poderosas como o LSD ou a mescalina, é fácil aventurar-se pelas portas abertas da percepção sem o uso delas, só é necessário uma coisa: conhecimento básico de como sua mente funciona.
A primeira coisa que você precisa saber é que a mente não é um espelho ou mesmo um observador passivo da realidade. Muito do que percebemos do mundo exterior, na verdade é subproduto de como o nosso cérebro processa as sensações. Recentemente, cientistas descobriram vários pequenos truques que pregam peças nos nossos sentidos, de tal modo que passamos a perceber o que sabemos que não é real.
O procedimento de Ganzfeld
Comece ligando o rádio fora de uma frequência, para captar apenas estática. Cubra seus olhos usando as duas metades de uma bola de ping-pong cortada ao meio. Dentro de minutos você começa a sentir um bizarro conjunto de distorções sensoriais. Algumas pessoas veem cavalos galopando nas nuvens ou ouvem a voz de um parente morto. Acontece que é acostumada a sentir as coisas, de modo que quando há poucas coisas a sentir - este é o propósito da bola ping-pong cortada e o som da estática - seu cérebro acaba por inventar suas próprias sensações.
Comece ligando o rádio fora de uma frequência, para captar apenas estática. Cubra seus olhos usando as duas metades de uma bola de ping-pong cortada ao meio. Dentro de minutos você começa a sentir um bizarro conjunto de distorções sensoriais. Algumas pessoas veem cavalos galopando nas nuvens ou ouvem a voz de um parente morto. Acontece que é acostumada a sentir as coisas, de modo que quando há poucas coisas a sentir - este é o propósito da bola ping-pong cortada e o som da estática - seu cérebro acaba por inventar suas próprias sensações.A experiência do binóculo invertido
No mês passado, pesquisadores na Universidade de Oxford no anunciaram a descoberta de um novo poderoso analgésico: binóculos invertidos. Os cientistas submeteram alguns pacientes com um dedo ou a mão ferida a olharem pelo lado contrário de um binoculo comum, fazendo suas mãos parecerem menores na imagem. O incrível é que a dor e o inchaço do ferimento diminuiram também.
A ilusão da mão de borracha
Esconda sua própria mão embaixo de uma caixa, em cima de uma mesa de forma que você não a veja. Pegue uma mão falsa feita de borracha e coloque em cima da mesa na posição que ficaria sua mão de verdade e que você tenha uma visão clara. Depois de algum tempo enxergando a mão falsa, você tem a impressão que é a sua mão verdadeira. Peça pra um amigo apertar um dedo da mão falsa e perceba que você chega a pensar que está sentindo como se fosse sua mão de verdade. Se você pedir para seu amigo bater com força na mão de borracha com um martelo, vai ter uma inquietante sensação de dor e ansiedade porque seu cérebro pensa que é a sua mão de verdade.
No mês passado, pesquisadores na Universidade de Oxford no anunciaram a descoberta de um novo poderoso analgésico: binóculos invertidos. Os cientistas submeteram alguns pacientes com um dedo ou a mão ferida a olharem pelo lado contrário de um binoculo comum, fazendo suas mãos parecerem menores na imagem. O incrível é que a dor e o inchaço do ferimento diminuiram também.
A ilusão da mão de borracha
A ilusão de Pinóquio
Requer duas cadeiras e uma venda. A pessoa vendada senta numa cadeira atrás da cadeira da segunda pessoa. Após algum tempo com os olhos vendados, a pessoa com a venda deve colocar a mão no nariz da pessoa sentada à frente. Ao mesmo tempo ela deve pegar com sua outra mão seu próprio nariz e começar a acariciar suavemente ambos. Após cerca de 1 minuto, 50% dos pacientes relatam que sentem seu nariz incrivelmente longo.
A luz de Purkinje
Jan Purkinje, um dos pais da neurociência moderna, descobriu por acaso mais um desses efeitos bizarros causados pelo cérebro. Primeiro ele fechou os olhos e em seguida virou seu rosto em direção ao sol. Depois moveu a mão para frente e para trás, na frente dos olhos dele.
Após alguns segundos, Purkinje relatou o aparecimento de "belas figuras", que gradualmente iam se tornando mais complexas. Os cientistas adaptaram esse experimento para o laboratório, construindo uma espécie de óculos personalizado que emitia flash de luz repetitivos em uma determinada frequência. Este princípio simula uma espécie de curto circuito no córtex visual. As células começam a disparar os estímulos nervosos de forma imprevisível, o que leva à percepção de imagens imaginárias.
Originalmente do artigo "Hack your Brain" (Bostom.com), traduzidor Rafael
Requer duas cadeiras e uma venda. A pessoa vendada senta numa cadeira atrás da cadeira da segunda pessoa. Após algum tempo com os olhos vendados, a pessoa com a venda deve colocar a mão no nariz da pessoa sentada à frente. Ao mesmo tempo ela deve pegar com sua outra mão seu próprio nariz e começar a acariciar suavemente ambos. Após cerca de 1 minuto, 50% dos pacientes relatam que sentem seu nariz incrivelmente longo.
A luz de Purkinje
Jan Purkinje, um dos pais da neurociência moderna, descobriu por acaso mais um desses efeitos bizarros causados pelo cérebro. Primeiro ele fechou os olhos e em seguida virou seu rosto em direção ao sol. Depois moveu a mão para frente e para trás, na frente dos olhos dele.
Após alguns segundos, Purkinje relatou o aparecimento de "belas figuras", que gradualmente iam se tornando mais complexas. Os cientistas adaptaram esse experimento para o laboratório, construindo uma espécie de óculos personalizado que emitia flash de luz repetitivos em uma determinada frequência. Este princípio simula uma espécie de curto circuito no córtex visual. As células começam a disparar os estímulos nervosos de forma imprevisível, o que leva à percepção de imagens imaginárias.
Originalmente do artigo "Hack your Brain" (Bostom.com), traduzidor Rafael20 maio 2009
19 maio 2009
Cosmovisões Antagônicas
acaso ou não?
duas cosmovisões....
seria mesmo antagônicas?
seria uma questão de gosto?
gostar de maçã ou de pera?
ou das duas?
ou nem de qualquer outra coisa...?
alam
A lei universal de Darwin explica que o Homo sapiens surgiu como conseqüência de um fenômeno meramente aleatório…, o acaso é o pai da humanidade.
Na versão humana corrente, a cadeia de eventos que vai das primeiras moléculas auto-replicantes ao aparecimento dos mamíferos é um fenômeno evolucionário predestinado a atingir o apogeu da Criação: o Homo sapiens. Para justificar essa posição majestática entre os seres vivos, vangloriamo-nos da complexidade de nosso sistema nervoso, como explicam os mais racionais. Ou, de termos sido criados à imagem e semelhança do Criador, como preferem os religiosos.
Há 150 anos, quando a ciência ainda pregava que todas as formas de vida teriam sido criadas por Deus num único dia, dois naturalistas ingleses, Wallace e Darwin, enunciaram uma teoria maravilhosamente simples: cada pequena variação genética presente num ser vivo, quando útil, é transmitida às gerações futuras.
As bactérias mais antigas, encontradas em rochas de 3,5 bilhões de anos, se multiplicaram e a vida unicelular dominou a Terra por quase 3 bilhões de anos. Então, 600 milhões de anos atrás, nasceram os primeiros seres multicelulares, surgiram o sexo e as versáteis combinações de genes que deram origem a fungos, plantas, vermes, mosquitos, dinossauros, formigas e muitas outras formas de sucesso ou fracasso ecológico.
A lei universal de Darwin explica que a Homo sapiens surgiu como conseqüência de um fenômeno raramente aleatória, em nada diverso do que deu origem aos besouros ou as árvores com flor.
A luta pela vida na Terra começou quando surgiu uma molécula capaz de formar cópias de si mesma: a molécula de RNA. Mais tarde, por pressão da necessidade em armazenar maior quantidade de informação genética, o RNA deu origem ao DNA.
Na versão humana corrente, a cadeia de eventos que vai das primeiras moléculas auto-replicantes ao aparecimento dos mamíferos é um fenômeno evolucionário predestinado a atingir o apogeu da Criação: o Homo sapiens. Para justificar essa posição majestática entre os seres vivos, vangloriamo-nos da complexidade de nosso sistema nervoso, como explicam os mais racionais. Ou, de termos sido criados à imagem e semelhança do Criador, como preferem os religiosos.
Há 150 anos, quando a ciência ainda pregava que todas as formas de vida teriam sido criadas por Deus num único dia, dois naturalistas ingleses, Wallace e Darwin, enunciaram uma teoria maravilhosamente simples: cada pequena variação genética presente num ser vivo, quando útil, é transmitida às gerações futuras. Na competição pela vida, as mais aptas sobrevivem e se multiplicam. Charles Darwin chamou essa teoria de seleção natural. Com a parcimônia que caracteriza nossa espécie, em vez de seleção natural, preferimos acreditar numa evolução natura, segundo a qual a competição teria tido como objetivo permitir que as espécies evoluíssem até chegar ao homem. Embora não se possa descartar definitivamente a hipótese de que o sonho das amebas seja gerar uma descendente que case com o príncipe da Inglaterra, os dados paleontológicos apontam na direção oposta à da visão evolucionista, antropocêntrica.
As bactérias mais antigas, encontradas em rochas de 3,5 bilhões de anos, se multiplicaram e a vida unicelular dominou a Terra por quase 3 bilhões de anos. Então, 600 milhões de anos atrás, nasceram os primeiros seres multicelulares, surgiram o sexo e as versáteis combinações de genes que deram origem a fungos, plantas, vermes, mosquitos, dinossauros, formigas e muitas outras formas de sucesso ou fracasso ecológico.
A lei universal de Darwin explica que a Homo sapiens surgiu como conseqüência de um fenômeno raramente aleatória, em nada diverso do que deu origem aos besouros ou as árvores com flor.Na linhagem evolucionária que conduziu à nossa espécie, as coincidências foram tantas, que é provável estarmos solitários no universo. Há 530 milhões de anos, por exemplo, ocorreu uma explosão sensacional de biodiversidade na Terra. Entre as formas de vida presentes naquele momento havia urna criatura aquática dotada de um eixo dorsal chamado notocordia, precursor de nossa coluna vertebral. Estivesse extinta essa criatura naquele instante, nem sonharíamos existir.
Mais tarde, ainda debaixo da 'água, surgiu um peixe com coluna vertebral dura e pouco flexível, desvantagem grande para nadar, porém fundamental para suportar o corpo na terra.
Sem esse nadador desajeitado, não teriam surgido os animais terrestres.
Há meros 65 milhões de anos, quando a Terra era dos dinossauros e os mamíferos constituíam um pequeno grupo de roedores noturnos, caiu um meteorito que abriu uma cratera de 10 quilômetros de diâmetro na península de Yucatan, no México.
Há meros 65 milhões de anos, quando a Terra era dos dinossauros e os mamíferos constituíam um pequeno grupo de roedores noturnos, caiu um meteorito que abriu uma cratera de 10 quilômetros de diâmetro na península de Yucatan, no México. Provavelmente, conseqüência da poeira levantada e da atividade vulcânica que se seguiu ao impacto, os dinossauros foram extintos de urna vez (os únicos dinossauros que sobraram foram as aves). Um desvio de milésimo de grau na rota desse corpo celeste, e seriam eles os donos do planeta até hoje, como o foram par 200 milhões de anos.


Nas savanas da África, há 5 milhões de anos (um segundo no relógio evolucionário), apareceu um primata de 1 metro de altura que, pressionado pela falta de comida nas árvores e pela geografia da savana, adotou a posição bípede. Devido à configuração dos músculos da laringe, tal primata desenvolveu uma linguagem de complexidade gramatical sem precedentes, que teria exercido pressão irresistível sabre o cérebro para desenvolver o lobo frontal. A aquisição do lobo frontal, além de deixar a testa menos achatada do que a dos chimpanzés e gorilas, multiplicou a capacidade de planejamento de nossos ancestrais a níveis incomparáveis com
outras espécies.
Do ponto de vista filosófico, a visão do surgimento do homem como resultado do acaso é insuportável para os que procuram um significado transcendental para a vida. Na própria sucessão dos acontecimentos que levaram ao homem, os religiosos identificam o dedo do Criador. Antagonicamente, os que interpretam o mecanismo de criação e diversificação da vida como simples capricho de moléculas replicantes em competição permanente pela reprodução de cópias consideram que uma intervenção divina subtrairia a beleza infinita do processo.
Drauzio Varella - CAROS AMIGOS - ABRIL 2000
Do ponto de vista filosófico, a visão do surgimento do homem como resultado do acaso é insuportável para os que procuram um significado transcendental para a vida. Na própria sucessão dos acontecimentos que levaram ao homem, os religiosos identificam o dedo do Criador. Antagonicamente, os que interpretam o mecanismo de criação e diversificação da vida como simples capricho de moléculas replicantes em competição permanente pela reprodução de cópias consideram que uma intervenção divina subtrairia a beleza infinita do processo.
Drauzio Varella - CAROS AMIGOS - ABRIL 200018 maio 2009
Sol da Meia Noite
o vídeo abaixo captura um fenômeno no ártico de uma maneira muito curiosa: com uma grande angular girando sem parar, acompanha a trajetória do sol pelo céu, ele sobe e desce mas nunca se põe. veja aqui
08 maio 2009
mag !
não conhecia esta revista "mag!!"
revista meio-estranha, meio-comercial, meio-moda, meio-experimental, meio-cultural, meio-art, meio-tudo!!! e bão, aproveitando o nosso encontro no síto da celina em minas, perguntei pro daniel-sun suleimann e ele deu lá a sua explicação... num adiantou, num entendi direito, ou seja meio-entendi. mas que no fim ficou pra mim que era uma revista de circulação restrita a pessoal ligado a moda, mas não de massa, de banca, tipo comercialzão "vogue". ó, se for comparar, é como se fosse a "trip" da moda. a "trip" tem como foco o surf, mas trata de temas cultural/comportamentais. ...será que acertei?
então, ia dizendo tudo isso, era mesmo pra dizer que fiquei sabendo que viriam aqui em casa fazer matérica sobre vila yamaguishi. eu fiquei assim ?????? mas, o que que uma revista de moda tem a ver com nós aqui?
bão, e saiu a revista confesso, achei até que o repórter não foi sacana (entenda-se "sacana" por algo do tipo "caras", "veja", etc...)
taí, scaneei e botei aí embaixo:
http://www.spfw.com.br/mag.php
ffw>>mag!No.13>>2009>>
Dinheiro traz felicidade? Para um grupo de pessoas que mora em uma vila agrícola no interior de São Paulo a resposta é um sonoro NÃO. Localizada no quilômetro 138 da rodovia Adhemar de Barros, entre os municípios de jaguariúna e Holambra, a Vila Yamaguishi funciona de acordo com um sistema social e econômico próprio, que busca se distanciar o máximo possível da avareza implacável que move a "sociedade do consumo". Segundo o veterinário Romeu Mattos Leite, um dos fundadores da vila, o sistema é baseado no convívio harmonioso entre as pessoas, com divisão igualitária de bens e tarefas, e onde essa tal felicidade é medida por critérios não monetários. Utopia? Nem tanto.
A placa que anuncia que chegamos à Vila Yamaguishi é bem discreta. A melhor referência para não errar o caminho é o motel que fica do outro lado da rodovia. De início, Romeu, responsável por nos apresentar o terreno com 60 hectares, demonstra certa desconfiança. Ele sabia que o tema desta MAG! seria "crença" e, preocupado com as intenções deste repórter, logo deixa claro que não é integrante de nenhuma seita religiosa. Seita, com certeza, não. Mas a Vila Yamaguishi tem algo notável que combina com a proposta desta edição: é uma associação formada por pessoas que realmente acreditam que podem construir uma sociedade
mais feliz. E acreditar em algo ou alguém, em termos religiosos ou não, define o que é "crença". Por isso, vamos em frente: "A vila é um laboratório, um experimento", explica Romeu. "Não propagamos nenhuma verdade. Não queremos convencer ninguém de que estamos certos. Apenas acreditamos que uma sociedade em que as pessoas são obrigadas a receber ordens, a obedecer hierarquias, gera muitas insatisfações", opina o veterinário. Para escapar desse controle, Romeu e mais quatro amigos resolveram criar a Vila Yamaguishi seguindo princípios que fariam Adam Smith, o mai importante teórico do liberalismo econômico, e revirar no tumulo: "Nada deve ser feito contra a própria vontade"; "Vila de amizade onde não é preciso dinheiro"; "Não existem chefes não há ordens a serem obedecidas".
Essa "sociedade ideal" não saiu da cabeça de Romeu nem de seus amigos. É invenção do japonês Miyozo Yamaguishi. Em 1956, esse agricultor com idéias anarquistas resolveu fundar uma associação baseada no equilíbrio entre a natureza e as ações humanas. Assim nasceu o Movimento Yamaguishismo, representado hoje por grupos que seguem os seus preceitos em países como Suíça, Estados Unidos, Coreia do Sul e Tailândia. No Japão, são mais de 40 vilas. E foi numa dessas vilas que Romeu e sua turma ficaram instalados durante dois anos. Ali, aprenderam que "é impossível ter felicidade completa enquanto houver pessoas infelizes" e na volta ao Brasil, trouxeram na bagagem as ideias de Miyozo. Em 1988, era inaugurada a primeira e única Vila Yamaguishi no país.
OVOS DAS GALINHAS FELIZES
Atualmente vivem na vila 27 adultos e oito crianças. As casas todas de paredes brancas com janelas verdes, simples e espaçosas, são comunitárias. Em uma delas, o casal Cristina e Pietro Bergamo o filho, Eduardo, de 6 anos, dividem o mesmo espaço com outras duas famílias. Os dois conheceram o Yamaguishismo através de um curso realizado na vila. Acabaram ficando. "Quando comecei a faculdade de música, resolvemos nos mudar para São Paulo", conta Pietro. Esse período de volta aos congestionamentos diários foi determinante para o casal. Ele perceberam que não havia mais fôlego para suportar a correria de cidade grande. Retornaram à vila e de lá, não querem sair tão cedo. Músico formado, Pietro hoje trabalha com a criação de galinhas. A agrônoma Cristina integra a equipe administrativa. Mesma ocupação da japonesa Nanako Minowa. Ela morava em uma Vila Yamaguishi no Japão, onde conheceu o seu marido, o brasileiro Lúcio Shogo Minowa. Há 15 anos, decidiram vir para o Brasil. Nanako ainda se enrola um pouco com o português, mas seu jeito descontraído mostra que se adaptou bem ao clima dos trópicos. Numa comparação entre o Brasil e seu país de origem, é lacônica: "Diferentes". E, com um sorriso brejeiro, define os brasileiros como "expansivos, alegres e um pouco irresponsáveis". Boa observadora essa Nanako.
"Na Vila Yamaguishi, cada um faz o que quer, de acordo com suas aptidões e vontades", afirma Romeu. Seguindo esse princípio, os moradores formam grupos de trabalho divididos por setores que eles chamam de órgãos: lavanderia, cozinha, escritório, criação de galinhas, plantações de verduras, legumes e frutas. A produção é vendida na região de Campinas e em São Paulo. E os lucros obtidos vão para um caixa único. Quando alguém precisa de dinheiro, vai lá e pega. Simples assim. Carros e computadores portáteis também são de uso comum. A vila ainda conta com o trabalho de 12 funcionários - mão de obra necessária para atender ao crescimento da demanda. Segundo Romeu, não há planos de expansão: "Queremos produz apenas aquilo que seja suficiente para nos proporcionar algum conforto". Por isso, um aviso: se o seu objetivo é enriquecer, passe longe da Vila Yamaguishi.
Além de uma organização social, digamos, "alternativa", a vila recebe visitas monitoradas e é caso exemplar de agroecologia, ciência multidisciplinar criada na década de 1970 e que busca novas formas de relação entre sociedade e natureza. Lá, não se usam agrotóxicos nas plantações e as galinhas poedeiras se alimentam de ração orgânica. Tudo é natural. A grande variedade de legumes, verduras e folhas produzidos permite que se plante sem a necessidade de aplicação de "defensivos agrícolas". No setor de avicultura, os ovos conquistaram boa fama. São conhecidos como "ovos das galinhas felizes". E basta visitar o galinheiro para perceber que o método de criação é outro: as aves não ficam confinadas como nas granjas industriais. A vila também implantou um sistema chamado agrofloresta - cultura agrícola que combina árvores nativas plantações que tenham valor econômico.
EM BUSCA DA FELICIDADE
Os moradores da vila se reúnem diariamente. De manhã, organizam as tarefas do dia. Ao anoitecer se encontram para discutir temas relacionados à convivência. É nessa hora que eles expressam seus descontentamentos e, a partir daí, buscam um consenso difícil, mas imprescindível para que a associação se mantenha busca constante pela felicidade.
A Vila Yamaguishi parece um microcosmo do comunismo , sistema econômico, político e social baseado na extinção propriedade privada e sem diferenciação de classes. Em algum aspectos, sim, a vila pende para a esquerda. Afinal, abomina o capitalismo tal qual ele é: cada um por si e Deus por todos. Mas há uma diferença fundamental: o respeito às individualidades. "Uma sociedade que não leva em conta que somos diferentes é uma sociedade que escraviza as pessoas", argumenta Romeu. E, para quem acredita na teoria de que a história acabou quando o Muro de Berlim caiu, vale lembrar que são pessoas como Romeu e seus companheiros de roça que fazem o mundo se transformar. Idealistas, subversivos, atentos às questões atuais, eles, ao contrário de nós, têm coragem de acreditar que há um outro caminho além deste que nos conformamos em trilhar. Que caminho é esse? Cada um que escolha o seu.
mais feliz. E acreditar em algo ou alguém, em termos religiosos ou não, define o que é "crença". Por isso, vamos em frente: "A vila é um laboratório, um experimento", explica Romeu. "Não propagamos nenhuma verdade. Não queremos convencer ninguém de que estamos certos. Apenas acreditamos que uma sociedade em que as pessoas são obrigadas a receber ordens, a obedecer hierarquias, gera muitas insatisfações", opina o veterinário. Para escapar desse controle, Romeu e mais quatro amigos resolveram criar a Vila Yamaguishi seguindo princípios que fariam Adam Smith, o mai importante teórico do liberalismo econômico, e revirar no tumulo: "Nada deve ser feito contra a própria vontade"; "Vila de amizade onde não é preciso dinheiro"; "Não existem chefes não há ordens a serem obedecidas".
Essa "sociedade ideal" não saiu da cabeça de Romeu nem de seus amigos. É invenção do japonês Miyozo Yamaguishi. Em 1956, esse agricultor com idéias anarquistas resolveu fundar uma associação baseada no equilíbrio entre a natureza e as ações humanas. Assim nasceu o Movimento Yamaguishismo, representado hoje por grupos que seguem os seus preceitos em países como Suíça, Estados Unidos, Coreia do Sul e Tailândia. No Japão, são mais de 40 vilas. E foi numa dessas vilas que Romeu e sua turma ficaram instalados durante dois anos. Ali, aprenderam que "é impossível ter felicidade completa enquanto houver pessoas infelizes" e na volta ao Brasil, trouxeram na bagagem as ideias de Miyozo. Em 1988, era inaugurada a primeira e única Vila Yamaguishi no país.
OVOS DAS GALINHAS FELIZES
Atualmente vivem na vila 27 adultos e oito crianças. As casas todas de paredes brancas com janelas verdes, simples e espaçosas, são comunitárias. Em uma delas, o casal Cristina e Pietro Bergamo o filho, Eduardo, de 6 anos, dividem o mesmo espaço com outras duas famílias. Os dois conheceram o Yamaguishismo através de um curso realizado na vila. Acabaram ficando. "Quando comecei a faculdade de música, resolvemos nos mudar para São Paulo", conta Pietro. Esse período de volta aos congestionamentos diários foi determinante para o casal. Ele perceberam que não havia mais fôlego para suportar a correria de cidade grande. Retornaram à vila e de lá, não querem sair tão cedo. Músico formado, Pietro hoje trabalha com a criação de galinhas. A agrônoma Cristina integra a equipe administrativa. Mesma ocupação da japonesa Nanako Minowa. Ela morava em uma Vila Yamaguishi no Japão, onde conheceu o seu marido, o brasileiro Lúcio Shogo Minowa. Há 15 anos, decidiram vir para o Brasil. Nanako ainda se enrola um pouco com o português, mas seu jeito descontraído mostra que se adaptou bem ao clima dos trópicos. Numa comparação entre o Brasil e seu país de origem, é lacônica: "Diferentes". E, com um sorriso brejeiro, define os brasileiros como "expansivos, alegres e um pouco irresponsáveis". Boa observadora essa Nanako.
"Na Vila Yamaguishi, cada um faz o que quer, de acordo com suas aptidões e vontades", afirma Romeu. Seguindo esse princípio, os moradores formam grupos de trabalho divididos por setores que eles chamam de órgãos: lavanderia, cozinha, escritório, criação de galinhas, plantações de verduras, legumes e frutas. A produção é vendida na região de Campinas e em São Paulo. E os lucros obtidos vão para um caixa único. Quando alguém precisa de dinheiro, vai lá e pega. Simples assim. Carros e computadores portáteis também são de uso comum. A vila ainda conta com o trabalho de 12 funcionários - mão de obra necessária para atender ao crescimento da demanda. Segundo Romeu, não há planos de expansão: "Queremos produz apenas aquilo que seja suficiente para nos proporcionar algum conforto". Por isso, um aviso: se o seu objetivo é enriquecer, passe longe da Vila Yamaguishi.
Além de uma organização social, digamos, "alternativa", a vila recebe visitas monitoradas e é caso exemplar de agroecologia, ciência multidisciplinar criada na década de 1970 e que busca novas formas de relação entre sociedade e natureza. Lá, não se usam agrotóxicos nas plantações e as galinhas poedeiras se alimentam de ração orgânica. Tudo é natural. A grande variedade de legumes, verduras e folhas produzidos permite que se plante sem a necessidade de aplicação de "defensivos agrícolas". No setor de avicultura, os ovos conquistaram boa fama. São conhecidos como "ovos das galinhas felizes". E basta visitar o galinheiro para perceber que o método de criação é outro: as aves não ficam confinadas como nas granjas industriais. A vila também implantou um sistema chamado agrofloresta - cultura agrícola que combina árvores nativas plantações que tenham valor econômico.
EM BUSCA DA FELICIDADE
Os moradores da vila se reúnem diariamente. De manhã, organizam as tarefas do dia. Ao anoitecer se encontram para discutir temas relacionados à convivência. É nessa hora que eles expressam seus descontentamentos e, a partir daí, buscam um consenso difícil, mas imprescindível para que a associação se mantenha busca constante pela felicidade.
A Vila Yamaguishi parece um microcosmo do comunismo , sistema econômico, político e social baseado na extinção propriedade privada e sem diferenciação de classes. Em algum aspectos, sim, a vila pende para a esquerda. Afinal, abomina o capitalismo tal qual ele é: cada um por si e Deus por todos. Mas há uma diferença fundamental: o respeito às individualidades. "Uma sociedade que não leva em conta que somos diferentes é uma sociedade que escraviza as pessoas", argumenta Romeu. E, para quem acredita na teoria de que a história acabou quando o Muro de Berlim caiu, vale lembrar que são pessoas como Romeu e seus companheiros de roça que fazem o mundo se transformar. Idealistas, subversivos, atentos às questões atuais, eles, ao contrário de nós, têm coragem de acreditar que há um outro caminho além deste que nos conformamos em trilhar. Que caminho é esse? Cada um que escolha o seu.04 maio 2009
03 maio 2009
02 maio 2009
Joe Hisaishi - "Kaze no Tani no Naushika
Hisaishi aprendeu a tocar violino aos 4 anos de idade. Após brilhante conclusão dos seus estudos musicais, entrou em 1969 no Departamento de Composição do Colégio Kunitachi.Foi lá que se começou a interessar pela música minimalista e iniciou a composição de música moderna, vertente esta que só se ia acentuar mais tarde ao compôr para os filmes de Miyazaki.
Em 1982, o seu primeiro albúm a solo "Information" estabeleceu o seu estilo, livre de toda e qualquer influência. A música por ele escrita para filmes como "Kaze no Tani no Naushika - Nausicaa" (de Hayao Miyazaki) tornaram-no extremamente popular, isto em 1984.
A sua popularidade foi confirmada tanto em Nova Iorque como em Londres, onde cada vez mais os seus albuns a solo o estabeleciam como um dos melhores autores-compositores, particularmente no domínio do cinema e dos filmes publicitários.
Em 1988 ele cria a sua própria editora e regista um album de piano a solo. Em 1989 produz o seu primeiro album em Nova Iorque "Pretender", aparecendo regularmente em concertos.
Depois Joe Hisaishi escreveu a sua autobiografia e estabeleceu-se em Londres onde se tornou um compositor extremamente ativo.
Continua a regressar ocasionalmente ao Japão por períodos de tempo curtos. Foi durante um desses períodos que ele escreveu a música do film "Sonatine".
Composições para Anime: Arion, Venus Wars, Nausicaa, Laputa, Kiki's Delivery Service, Totoro, Porco Rosso, Mononoke Hime e por último Okuribito Departure.
Para mais informações visite o Site oficial de Joe Hisaishi.
Musica do Filme Okuribiro-Departure
mais Joe Hisaishi =>AQUI
01 maio 2009
ovos yamaguishi - este é "O OVO"
Vila Yamaguishi - Este é "O OVO"
Upload feito originalmente por silvio vieira
caderno da morte
no fim, a ines caiu de cama com gripe, isack por causa de trabalho, fomos em 6 em 2 carros. eu e pietro ficamos no s10 cabine dupla que reservei pra irmos confortavelmente, e lucio, nanako, axel e leo no golzinho. ontem já tinha sido cansativo a ida até ribeirão preto no agrishow, ( o templo do agribuisness brasileiro), quase que desisti. mas vai lá, tinha me preparado com tanto carinho, inclusive lendo a HQ inteirinho, que claro, foi prazeiroso, eu gosto, mas... foi preciso uma certa paciência pra acompanhar a historia intrincada, cheia de jogos e tramas pscicológicos. bão, e a peça, muito boa !! essa de fazer HQ => teatro? me lembrou arrigo barnabé fazendo HQ => música em clara clocodilo no final dos anos 70. o minhocamiguel ficou muito bem no papel do "L", e o "shinigami" da peça ficou bem melhor e simpático do que no original!!. perguntei pro pietro que não tinha lido o HQ, diz que entendeu perfeitamente o enredo. parabém minhoca!!!!!! e pra toda equipe tb.!!
veja o blog
http://cadernodamorte.blogspot.com/
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