Quando alguém me pede para fazer algo,
costuma surgir em mim o pensamento: “devo ou não devo fazer?”.
Esse dilema toma boa parte da minha mente.
Mas “auscultar o outro” não tem nada a ver com decidir se devo agir ou não.
Enquanto eu estiver preocupado em me proteger, meu interesse não se voltará verdadeiramente para o outro.
Auscultar é voltar-se para o sujeito autônomo que há no outro.
Fazer - ou não fazer - diz respeito ao meu próprio desejo, à minha autonomia.
O que é de dentro de mim, e o que é de dentro do outro - na vida cotidiana, essas fronteiras se confundem.
Frequentemente agimos como se disséssemos: “vou fazer porque o outro pediu”,
Sem perceber que essa voz, na verdade, é uma ilusão de exterioridade.
No fundo, é a minha própria mente dizendo: “ela disse isso”.
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