30 setembro 2022

Seis descobertas que mudam o que sabemos sobre origem dos seres humanos

30 setembro 2022

O estudo científico da evolução humana historicamente nos confirma uma espécie de ordem confortável das coisas.

As pesquisas sempre indicaram os humanos como mais inteligentes, mais intelectuais e mais cuidadosos que os nossos ancestrais. Das reconstruções arqueológicas dos neandertais como seres brutos e peludos, que andavam curvados, até os filmes dos "homens das cavernas", nossos ancestrais sempre foram mal retratados.

Mas as descobertas dos últimos cinco anos vêm alterando essa visão limitada. No meu último livro, Hidden Depths: The Origins of Human Connection ("Profundidades ocultas: as origens das conexões humanas", em tradução livre), argumento que isso é importante para a forma como nos vemos hoje em dia, como imaginamos o nosso futuro e para compreendermos o nosso passado.

Dentre essas descobertas, seis revelações se destacam.

1. Existem mais espécies humanas do que imaginávamos.
Espécies como Homo longi foram identificadas apenas em 2018. Existem agora 21 espécies humanas conhecidas.

Nos últimos anos, percebemos que nossos ancestrais Homo sapiens podem ter encontrado até oito desses diferentes tipos de seres humanos, desde espécies robustas e numerosas como os neandertais e seus parentes próximos, os denisovanos, até seres humanos baixos (com menos de 1,50 m de altura) com cérebros pequenos, como o Homo naledi.

Mas o Homo sapiens não era o destino evolutivo inevitável, nem se encaixa em uma simples progressão linear ou escada evolutiva. O cérebro do Homo naledi pode ter sido menor que o de um chimpanzé, mas existem evidências de que eles eram culturalmente complexos e lamentavam seus mortos.

Os neandertais criaram arte simbólica, mas não eram iguais a nós. Eles tinham muitas adaptações biológicas diferentes, que podem ter incluído a hibernação.

2. Humanos híbridos são parte da nossa história
Espécies humanas híbridas, que eram consideradas pelos especialistas como ficção científica, podem ter feito parte importante da nossa evolução.

As evidências da importância dos híbridos vêm da genética. As pistas não estão apenas no DNA da nossa própria espécie (que, muitas vezes, inclui genes importantes herdados dos neandertais), mas também nos esqueletos de híbridos.

Um exemplo é Denny, uma menina filha de mãe neandertal e pai denisovano. Seus ossos foram encontrados em uma caverna na Sibéria.

3. Nós tivemos sorte
O nosso passado evolutivo é mais confuso que os cientistas costumavam pensar. Você já teve dores nas costas? Ou ficou com inveja do seu cachorro quando ele rolava em um cenário irregular?

Isso deve ser suficiente para mostrar que estamos longe de sermos perfeitamente adaptados. Sabemos há algum tempo que a evolução elabora soluções em resposta a um ecossistema que pode já ter se alterado. Mas muitas das mudanças da nossa linhagem evolutiva humana podem ter sido causadas pelo acaso.

Isso ocorre, por exemplo, quando populações isoladas têm uma certa característica, por exemplo, como alguma peculiaridade da sua aparência, que não faz muita diferença para a sua sobrevivência e continua a se alterar nos seus descendentes. Características dos rostos dos neandertais (como suas sobrancelhas pronunciadas) ou no seu corpo (incluindo suas grandes caixas torácicas) podem ter sido simplesmente o resultado de desvios genéticos.

A epigenética, que é a ativação dos genes apenas em ambientes específicos, também complica as coisas. Os genes podem predispor alguém à depressão ou à esquizofrenia, por exemplo. Mas podem só desenvolver a condição se forem ativados por algo que aconteça com eles.

4. O nosso destino está interligado com a natureza
Talvez possamos gostar de nos imaginar como mestres do meio ambiente. Mas está cada vez mais claro que as mudanças ecológicas é que nos moldaram.

As origens da nossa espécie coincidiram com grandes mudanças climáticas, pois foi nesses momentos que nos diferenciamos mais das outras espécies. Todas as outras espécies humanas aparentemente se extinguiram como resultado de mudanças climáticas.

Três importantes espécies humanas - Homo erectus, Homo heidelbergensis e Homo neanderthalensis - foram extintas por grandes mudanças do clima, como o evento Laschamp - uma interrupção temporária do campo magnético da Terra ocorrida 42 mil anos atrás, que coincidiu com a extinção dos neandertais.


5. Gentileza é uma vantagem evolutiva
Pesquisas descobriram novas razões para termos esperança nas sociedades humanas do futuro.

Os cientistas costumavam acreditar que as partes violentas da natureza humana nos ajudavam a subir na escada evolutiva. Mas surgiram evidências que demonstram a contribuição do lado cuidadoso da natureza humana para o nosso sucesso.

Esqueletos antigos mostram sinais notáveis de sobrevivência após doenças e lesões, o que teria sido difícil ou até impossível sem ajuda.

O caminho da compaixão humana estende-se até um milhão e meio de anos atrás. Cientistas rastrearam conhecimento médico pelo menos até o tempo dos neandertais.

O altruísmo tem muitos benefícios importantes para a sobrevivência. Ele permitiu que membros mais idosos da comunidade transmitissem conhecimentos importantes. E o cuidado médico manteve os caçadores experientes vivos.

6. Somos uma espécie sensível

A evolução nos tornou mais emocionalmente expostos do que gostaríamos de imaginar.

Como ocorre com os cães domésticos, com quem compartilhamos muitas adaptações genéticas, como a maior tolerância a estranhos e a sensibilidade às indicações sociais, a hipersociabilidade humana tem um preço: a vulnerabilidade emocional.

Somos mais sensíveis aos sentimentos das pessoas à nossa volta e mais vulneráveis a influências sociais. Somos mais propensos a distúrbios emocionais, à solidão e à depressão que os nossos predecessores.

Nossos sentimentos são complexos e pode nem sempre ser agradável conviver com eles. Mas eles são parte de transformações importantes que criaram grandes comunidades conectadas. Nossas emoções são essenciais para as colaborações humanas.

Esta é uma visão muito menos tranquilizadora do nosso lugar no mundo do que aquela que tínhamos até cinco anos atrás. Mas observar-nos como individualistas, racionais e com direito a um lugar privilegiado na natureza não trouxe bons resultados - basta ler as últimas notícias sobre o estado do nosso planeta.

Se aceitarmos que os seres humanos não são o pináculo do progresso, não poderemos simplesmente ficar esperando que as coisas andem bem. Nosso passado indica que o nosso futuro não será melhor, a menos que nós façamos alguma coisa a respeito.


* Penny Spikins é professora de arqueologia de origens humanas da Universidade de York, no Reino Unido.


Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão original em inglês.

27 setembro 2022

"olhar a si" .... ou... fica pensando "coisas sobre si"


a situação atual em que não [ olha a si ]. . . fica apenas [ pensando sobre si ] ・・・

o que quero fazer?
quero me tornar como?

Fazer perguntas dessa maneira significa [ olhar a si / olhar dentro de si ]
não significa [ pensar sobre si ].

se ao invés de
[ olhar a si ] [ o que quero fazer ]
acaba pensando sobre [ o que quero fazer ]
acaba em não conseguir enxergar
o verdadeiro [ o que quero fazer ] que está dentro de si

originalmente,
deve haver nos animais, algo que
quer se mover / viver
conforme o desejo que brota
diretamente do instinto (≅ desejo original)
sem ser amarrado por nada
talvez o mesmo seja para o ser humano.

[ o querer (o desejo) ] que brota direto do coração original
. . .
esse lugar não é algo que se consegue conhecer pensando
. . .
olhar do jeito que está
sem interpor os pensamentos
apenas olhar dentro
talvez seja algo com essa qualidade

mas se olharmos para a condição atual do ser humano:
como quero fazer? qual eu quero? o que eu quero?
acha que está olhando a si,
mas acaba pensando, o que devo fazer?
e não se dá conta de que está fazendo isso
talvez esta seja a situação atual.


Porque não "olha para a si" e fica pensando de forma confusa,
os desejos honestos ficam cobertos de "pensamentos"
e não consegue vê-los...
O que está fazendo?
Devemos chamá-lo de um fenômeno misterioso exclusivo dos humanos?

*Animais não humanos não "olham a si"... Isso significa que eles naturalmente têm um desejo instintivo de ver, ouvir, captar a situação e se adaptar a ela e agir imediatamente.

Mesmo que não faça "olhar a si", talvez os animais tomam ações apropriadas.
Parece que os humanos não fazem isso.
Se não tem o "olhar a si (coração verdadeiro - desejos e sentimentos)" não se realiza o que deseja verdadeiramente. 

para onde estou indo



quero fazer isso! vamos fazer isso!

fazer com boas intenções
(fazer pensando que isto é bom fazer)

a sensação, o pensamento de que, ao fazermos isso todos juntos, seremos capazes de criar uma sociedade feliz

estar fazendo isso para satisfazer meus desejos e desejos que saem de mim.

de onde vêm esses desejos e desejos?  o que tem na base? como é essa base?

talvez fosse uma época em que não olhava para essa base e vim fazendo apenas com apenas com o entusiasmo?

como será que está agora?

para que estou fazendo isso? fazendo isso, qual o seu resultado?

ao adotar esse prisma (ponto de vista), o que pode suceder daí?

antes de decidir o que fazer, perguntar a si:  o que é a felicidade do ser humano? e o que é sociedade?

sem conhecer isso, deixando os meus conceitos antigos como estão, para onde estava querendo ir?

para onde estou querendo ir?


26 setembro 2022

Neandertal: as lições que eles nos ensinam 40 mil anos após sua extinção

Peter C. Kjærgaard, Mark Maslin e Trine Kellberg Nielsen
The Conversation*
26 setembro 2022

Os neandertais servem como um reflexo de nossa própria humanidade desde que foram descobertos em 1856. O que achamos que sabemos sobre eles foi moldado para se adequar às nossas tendências culturais, normas sociais e padrões científicos. Primeiro, se acreditava que eles seriam espécimes doentes. Em seguida, nossos primos subumanos primitivos. Agora ninguém duvida que eles eram humanos avançados.

Hoje sabemos que o Homo neanderthalensis era muito parecido conosco: no passado, nós convivemos com eles e nos cruzamos com frequência. Mas por que os neandertais foram extintos, enquanto nós sobrevivemos, prosperamos e acabamos dominando o planeta?

Seu cérebro era maior que o nosso

Os neandertais evoluíram há mais de 400 mil anos, provavelmente a partir do Homo heidelbergensis. Eles tiveram muito sucesso e se espalharam do Mediterrâneo para a Sibéria. Eles eram altamente inteligentes, com cérebros em média maiores que os do Homo sapiens.

Eles caçavam grandes animais, coletavam plantas, cogumelos e frutos do mar, controlavam o fogo para cozinhar, faziam ferramentas rebuscadas, vestiam peles de animais, faziam decorações de conchas e eram capazes de desenhar símbolos nas paredes das cavernas.

Eles cuidavam dos jovens, velhos e doentes, criavam abrigos para se protegerem, suportavam invernos rigorosos e verões quentes e enterravam seus mortos.

dadas e continue lendo

Os restos esqueléticos dos neandertais revelam que eles tinham um cérebro quase tão grande quanto o dos humanos modernos, então pode-se presumir que eles eram inteligentes e capazes de resolver problemas

Os neandertais encontraram nossos ancestrais inúmeras vezes ao longo de dezenas de milhares de anos. As duas espécies compartilharam o continente europeu por pelo menos 14 mil anos. Eles até tiveram relações sexuais.

A morte de uma espécie
A diferença mais significativa entre os neandertais e nossa espécie é que eles foram extintos há cerca de 40 mil anos. A causa exata de seu desaparecimento ainda é um mistério para nós, mas acreditamos que provavelmente foi o resultado de uma combinação de fatores.

Em primeiro lugar, o clima da última era glacial era altamente variável, indo do frio ao calor extremo e vice-versa, o que pressionava as fontes de alimentos de animais e plantas e significava que os neandertais tinham que se adaptar constantemente às mudanças ambientais.

Em segundo lugar, nunca chegou a haver muitos neandertais, já que a população total deles nunca ultrapassou dezenas de milhares de pessoas.

Eles viviam em pequenos grupos, de cinco a 15 indivíduos, em comparação com o Homo sapiens que formava grupos de até 150 indivíduos. Essas pequenas populações neandertais isoladas podem ter se tornado geneticamente cada vez mais insustentáveis.


O fato de os neandertais viverem em pequenos grupos foi, na opinião dos autores, um dos motivos da sua extinção

Terceiro, eles tiveram que competir com outros predadores, particularmente os grupos de humanos modernos que surgiram da África há cerca de 60 mil anos. Acreditamos que muitos neandertais podem ter sido assimilados nos grupos maiores de Homo sapiens.

Há provas?

Os neandertais deixaram inúmeras pistas para examinarmos dezenas de milhares de anos depois — muitas das quais podem ser vistas na exposição especial que ajudamos a organizar no Museu de História Natural da Dinamarca.

Nos últimos 150 anos, coletamos ossos fósseis, ferramentas de pedra e madeira, encontramos objetos e joias deixadas para trás, descobrimos cemitérios e agora mapeamos seu genoma a partir de DNA antigo. Parece que 99,7% do DNA de neandertais e humanos modernos é idêntico, e não há dúvida de que eles são nossos parentes extintos mais próximos.

Talvez o mais surpreendente seja a evidência de cruzamento que deixou vestígios de DNA neandertal em humanos vivos hoje.

Muitos europeus e asiáticos têm entre 1% e 4% de DNA neandertal. Os únicos humanos modernos sem traços genéticos de neandertais são as populações africanas localizadas ao sul do Saara. Ironicamente, com uma população mundial atual de cerca de 8 bilhões de pessoas, isso significa que nunca houve tanto DNA neandertal na Terra.

Pinturas rupestres encontradas em diferentes continentes provam que os neandertais eram muito mais inteligentes do que se imaginava inicialmente

A análise do genoma neandertal nos ajuda a entender melhor sua aparência, pois há evidências de que alguns desenvolveram pele clara e cabelos ruivos muito antes do Homo sapiens. Os muitos genes que os neandertais e os humanos modernos compartilham estão relacionados a diversas coisas, desde a capacidade de saborear alimentos amargos até a capacidade de falar.

Também aumentamos nosso conhecimento sobre a saúde humana. Por exemplo, parte do DNA neandertal que pode ter sido benéfico para os humanos há dezenas de milhares de anos agora parece causar problemas quando combinado com um estilo de vida ocidental moderno.

Existem ligações com alcoolismo, obesidade, alergias, coagulação do sangue e depressão. Recentemente cientistas sugeriram que uma antiga variante genética neandertal poderia aumentar o risco de complicações graves para quem contrai covid-19.

Espelho
Como os dinossauros, os neandertais não sabiam o que viria pela frente. A diferença é que os dinossauros desapareceram repentinamente após o impacto de um meteorito gigante vindo do espaço. A extinção dos neandertais ocorreu gradualmente.

Eles acabaram perdendo seu mundo — uma casa confortável que ocuparam com sucesso por centenas de milhares de anos, e que lentamente se voltou contra eles, até que a sua existência se tornou insustentável.
As mudanças do ambiente na pré-história teriam desempenhado um papel importante no desaparecimento dos neandertais, segundo os autores

Os neandertais agora têm um propósito diferente. Nós enxergamos nosso reflexo neles. Eles não sabiam o que estava acontecendo com eles e não tiveram escolha a não ser continuar no caminho que acabou levando à sua extinção. Nós, por outro lado, estamos dolorosamente conscientes de nossa situação e do impacto que temos neste planeta.

A atividade humana está mudando o clima e está nos levando diretamente a uma sexta extinção em massa. Nós podemos refletir sobre a confusão em que nos metemos e fazer algo a respeito disso.

Se não queremos acabar como os neandertais, é melhor agirmos juntos e trabalharmos coletivamente por um futuro mais sustentável. A extinção dos neandertais nos lembra que nunca devemos tomar nossa existência como algo garantido.

*Peter C. Kjærgaard, Mark Maslin e Trine Kellberg Nielsen são professores de História Evolutiva na Universidade de Copenhague (Dinamarca), de Ciências na University College London (Reino Unido) e de Arqueologia na Arthaus University (Dinamarca); respectivamente

Esta reportagem foi publicada no site The Conversation e é reproduzida aqui sob uma licença Creative Common. Clique aqui para ler a versão original deste artigo, em inglês.

24 setembro 2022

faço ou não faço

 

Quando alguém me pede para fazer algo,
costuma surgir em mim o pensamento: “devo ou não devo fazer?”.

Esse dilema toma boa parte da minha mente.

Mas “auscultar o outro” não tem nada a ver com decidir se devo agir ou não.

Enquanto eu estiver preocupado em me proteger, meu interesse não se voltará verdadeiramente para o outro.

Auscultar é voltar-se para o sujeito autônomo que há no outro.
Fazer - ou não fazer - diz respeito ao meu próprio desejo, à minha autonomia.

O que é de dentro de mim, e o que é de dentro do outro - na vida cotidiana, essas fronteiras se confundem.

Frequentemente agimos como se disséssemos: “vou fazer porque o outro pediu”,

Sem perceber que essa voz, na verdade, é uma ilusão de exterioridade.

No fundo, é a minha própria mente dizendo: “ela disse isso”.

tem uma pessoa assim


se eu ouço da pessoa: "quero tomar cerveja"

eu: "ela, quer tomar cerveja"

evolui para: "ela é uma pessoa que quer tomar cerveja"

a partir desse ponto, começo rodar os pensamentos: o que faço, como faço.


o que chega são: luz e som

o resto é tudo dentro da cabeça

teoricamente é isso, muito simples

sem autoconsciência, tomo como "é assim",  

que "existe uma pessoa assim"

se a pessoa é assim, por isso eu fiz assim

sem autonomia, sem o sujeito

o que existe antes das palavras?

a face interna?

que necessidade?

qual desejo?

o coração?

pode ser algo com o qual o ser humano tem originalmente equipado

de alguma forma, saber lá quando, esqueceu?

23 setembro 2022

"Não há nada"



 "Sem negação/sem culpa"

 "Sem confronto/sem reserva" 

"Sem ansiedade/sem cerco"

"Sem ensino/sem imposição" 

"Não avaliado pelos resultados" 

"Sem teimosia/sem reclamação"

“Sem obrigações/sem responsabilidades” 

“Sem ordens/sem superior e inferior” 

“Sem vinculação/sem coerção”

Dado o estado atual da sociedade,

vive como se "naturalmente existissem"

coisas que não existiam originalmente na sociedade humana.

passa a duvidar das pessoas, 

fica ansioso

interpondo estas coisas entre as pessoas?

faz perder de vista o coração verdadeiro?

"Não há nada"

está é afigura original do ser humano.

A paisagem que de lá se enxerga a partir desse lugar

 vida original das pessoas

 verdadeiras intenções da pessoa.

observar

os pais


"As influências da sociedade e do ambiente criam o estado de coração.''→
 → ``Construir uma sociedade'' →
Tal ideia ter surgido se deveu à existência das pessoas que me antecederam
→ → →
À existência de pais.

22 setembro 2022

o mais alto, o melhor, o mais adequado


quando ouvir e fazer está grudado:
ao ouvir o "pedido" de alguém, dá vontade de fazer.
logo, acabo fazendo.

quando ouvir e fazer está separado:
ao ouvir o "pedido" de alguém, ouço com vontade de fazer.
"apenas ouvir" "ouvir do jeito que está, do jeito que vem" . . . 
existe um espaço vazio (intervalo)que separa entre "ouvir" e "fazer"

nesse intervalo, 
cabe entra o [como será "o mais alto, o melhor, o mais adequado"?]

ouvir é ouvir, apenas isso. fazer é separado.
o "tem quê" desaparece
na a figura original tem esse espaço?
de alguma forma, acabou grudado


mémórias, o passado e o futuro


o que entendo sobre isso.
memória é o que está gravado na sua mente, é o passado que está gravado.
ela vem à tona, do inconsciente para o consciente, são as lembranças
dizem que 95% das memórias estão no inconsciente e não vem para o consciente.
mas temos a capacidade de imaginar, projetar o futuro, tipo: ah, vai acontecer isso.
esse são os pensamentos sobre o futuro.

o presente? é o aqui e agora.
o presente é sem pensamento, sem memória do passado, nem projeção do futuro.
é apenas uma sequencia de aquiagora, aquiagora, aquiagora, aquiagora, aquiagora, . . . .

a capacidade de imaginar o futuro também depende da memória.
pois, baseado nas memórias (e experiências) é que ficamos desenhando, imaginando o futuro.

sobre o medo:
o medo que sinto agora, ao deparar com alguém ou alguma situação, está baseado na experiência traumática.
medo é a imaginação de que algo ruim vai acontecer, igualzinho o que aconteceu no passado, vai se repetir.
mas não é uma simples imaginação
você certeza que esse algo ruim do passado vai se repetir.
tem um senso de realidade muito grande.