19 dezembro 2021

0 Verd4deir0 Cri4d0r de Tud0




Bom, eu gostaria hoje de falar com vocês sobre o cérebro humano evidentemente, mas numa forma que, a minha experiência profissional de quase 40 anos, e completo agora em Janeiro 40 anos de carreira.

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E pelas palestras pelo mundo afora,  eu noto quando começa a falar dessa maneira sobre o cérebro,  as pessoas são surpreendidas.

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    É porque a maioria de nós associa o cérebro humano essa massa de um quilo e meio gelatinosa entre as orelhas apenas com a      função de controlar a fisiologia do nosso corpo geral, os nossos movimentos a nossas sensações as nossas emoções,

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Mas a realidade como o título da palestra aí do meu último livro deixa bem claro eu gosto de me referir ao cérebro humano como o verdadeiro criador de tudo.

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E como eu vou te mostrar para vocês primeiro de uma maneira mais genérica e depois com um exemplo muito claro que é relacionado ao tipo de pesquisa que eu fiz nos últimos 22 anos, relativo a capacidade que nós descobrimos,  de ligar a o cérebro humano a máquinas e permitir e sem nenhum movimento só pelo pensamento.

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Primeiro em animais de experimentação e depois seres humanos paralisados conseguissem controlar essas máquinas, sejam elas robóticas eletrônicas ou até virtuais, só com a atividade dos seus cérebros.

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Como é que toda essa teoria eu vou apresentar a vocês, permitiu que nós criássemos essa essas interfaces cérebro-máquina, e com elas abríssemos a possibilidade de reabilitar de devolver funções neurológicas perdidas ou por traumas do sistema nervoso ou por uma doença, as funções que até então eram consideradas perdidas para o resto da vida.

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E nesse instante eu encontro-me criando uma nova página da minha carreira, usando o lema que eu vou esclarecer vocês no final dessa aula, que é a missão, na minha opinião central, da neurociência.

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E o caminho, na minha opinião o único caminho, que pode ser seguido pela chamada indústria do cérebro que começa a ser criada.

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Vocês não devem saber, mas nos anos 50, a engenharia biomédica começou a se manifestar, esse casamento da medicina com a engenharia, através da indústria do coração.

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Seja, o desenvolvimento de novas terapias de novas tecnologias para tratar moléstias cardíacas que eram as responsáveis pelo maior número de mortes da humanidade naquele período.

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Pois bem, essa indústria gerou um movimento de quase 30 trilhões de dólares desde a sua criação nos anos 50.

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Na última análise do que vem pelo futuro da indústria do cérebro, ela vai movimentar a de 10 a 20 vezes mais. Porque existe um bilhão de pessoas do mundo atualmente que sofre de alguma doença neurológica ou psiquiátrica.

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Derrame, doença de Alzheimer, depressão crônica, epilepsia crônica,  doença de Parkinson, todos nós conhecemos alguém com alguma dessas doenças.

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E elas totalizam um em cada sete seres humanos. Por isso que o meu lema daqui para  frente é “vamos tratar de um bilhão”,  porque essa é a missão central da neurociência, que curiosamente é uma das grandes criações do verdadeiro criador de tudo, que é o único objeto no universo que estuda a si mesmo,

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Eu gosto de dizer que o cérebro é como um rio que você jamais cruza duas vezes. porque a cada experiência que o cérebro tem na nossa vida individual ele se transforma e se altera na sua estrutura física microscópica.

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O cérebro, como um grande amigo meu Rondon Douglas da Suíça dizia, “Ele é a única orquestra cujos instrumentos musicais alteram a sua estrutura física a cada nota produzida.

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Imaginem isso, a cada nota que é produzida por essa orquestra neural pelas tempestades neurais, que há 40 anos eu estudo, a cada nota, o nosso cérebro se altera. É por isso, eu vou compartilhar aqui na minha tela, eu vou mostrar para vocês então o porquê, na minha opinião, nós temos que chamar o cérebro humano como o verdadeiro criador de tudo.

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Como eu disse, a maioria de nós associa o cérebro com as funções biológicas fisiológicas necessárias para a manutenção das nossas vidas. O controle dos nossos movimentos o nosso ciclo de vigília-sono as nossas funções cardiovasculares, as nossas sensações.

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Mas o cérebro é muito mais do que isso. O cérebro é um gerador de abstrações.

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Ele incorpora toda a informação e potencial e universo que nos cerca fornece para nós para gerar dentro dele,  um modelo de realidade que não é necessariamente em idêntico isomórfico ao que existe aqui fora

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Nós nunca realmente vamos saber o que existe aqui fora ao nosso redor.

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O que o cérebro faz é criar o melhor modelo do mundo que nos cerca capaz de otimizar, de maximizar a nossa chance de sobreviver.

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Esse é o “verdadeiro criador de tudo”, porque ao longo dos cem mil anos da nossa história enquanto espécie neste planeta, o nosso cérebro de mais de 107 bilhões de indivíduos, essa é a estimativa de quatro seres humanos viveram nesses 100 mil anos no planeta terra.

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O nosso cérebro tentou gerar modelos mentais e distrações como a noção de espaço, a noção de tempo, a noção de relações causais entre eventos, os mitos, os deuses, a matemática, a ciência, de tal sorte que nós pudéssemos criar e conferir, estampar significado a tudo que nos cerca.

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E dessa forma maximizar a nossa chance de sobrevida. São essas abstrações mentais criadas pela mente humana que não decorrer da nossa história enquanto espécie se transformaram em objetos quase que tangíveis, apesar de serem apenas criações da nossa mente.

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Abstrações tão fundamentais que hoje como nós vimos durante a pandemia. Elas são mais importantes do que a própria vida humana ou a própria sobrevivência da espécie.

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Afinal, modelos econômicos que só existem nas nossas cabeças, e que foram projetadas para o mundo exterior, porque afinal de contas, nenhum formigueiro, não existe nenhuma uma formiga em formigueiro que calcula o déficit primário ou a taxa de inflação.

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Isso é uma criação da mente humana para tentar se adaptar à realidade do mundo externo e das interações sociais dos seres humanos.

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Essas abstrações, como dinheiro por exemplo, se transformaram em coisas muito mais relevantes para o mundo e que nós habitamos, nesse instante,  do que a própria sobrevivência da nossa espécie.

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E é por isso que nós enfrentamos grandes dificuldades como o nosso todos testemunhamos durante a pandemia.

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São essas abstrações, essa fábrica interminável de  abstrações que vem do trabalho coletivo das “Brain-Net”, que é como eu gosto de chamar a rede de cérebros humanos, que ao longo da história da humanidade, gerou todo o arcabouço mental que dá sustentação ao nosso modelo civilizatório.

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É a partir disso que a minha tese do “Verdadeiro Criador de Tudo“ foi projetado. Eu comecei a escrever esse livro logo depois da Copa do Mundo de 2014, quando a nossa demonstração que eu vou mostrar vocês daqui a pouquinho, foi vista por 1,2 bilhões de pessoas mundo afora.

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Eu só descobri isso, porque dando uma aula em Pequim na TV chinesa, o diretor da TV me mostrou o gráfico da audiência Mundial daquele dia, no dia doze de junho de 2014, quando no momento da nossa demonstração,  um pico de audiência de 1,2 bilhões de pessoas assistindo, os poucos segundos que a FIFA permitiu que nós fizéssemos a demonstração no futebol.

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Para vocês terem uma ideia, quando o Santos Dumont voou e contornou a Torre Eiffel em Paris no dia 19 de outubro em 1901, 1 milhão de parisienses viram esse feito que abriu um novo capítulo da história da humanidade.

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Utilizando uma das grandes propriedades do que o "verdadeiro criador de tudo" que é a criação de novas tecnologias, de novas ferramentas, para expandir a nossa capacidade de interagir com o mundo que nos cerca.

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Quando, no dia 20 de julho de 1969, Neil Armstrong pousou na lua, aliás no dia do aniversário dos Santos Dumont, ele pousou no mar da Tranquilidade numa cratera fica muito próxima da cratera chamada Alberto Santos Dumont.

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Uma vez que ele é o único brasileiro, até o nome dado uma cratera gigantesca na lua, 450 milhões de pessoas assistiram ao pouso do homem na lua, para as cadeias de televisão Americana ao redor do mundo.

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Pois bem, no estádio, na zona leste de São Paulo, do dia 12 de junho de 2014, 1.2 bilhões de pessoas viram um paraplégico usar sua mente, para novamente caminhar e chutam uma bola e demonstrar que tudo aquilo que era considerado apenas o domínio do milagre, ou seja, fazer um paraplégico voltar a andar está no alcance dessa coisa que a gente chama de neurociência.



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Mas antes de chegar lá, eu quero mostrar, como é que nesse verdadeiro criador gera suas maravilhas.

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Estão aqui nesse slide, vocês veem no canto esquerdo, o que é a verdadeira fonte de pseudo informação, a informação em potencial usada, a matéria-prima usada pelo nosso cérebro humano para gerar toda a nossa história e toda a civilização e todos os nossos modelos do que é que nos cerca.

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Esse aqui é o universo que fornece essa informação em potencial que é adquirida pelo nosso cérebro,  através dos nossos sistemas sensoriais.

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Aqui eu represento o sistema visual. Essa informação potencial é transmitida para o cérebro humano que já constrói a cada momento da sua existência um modelo neural interno do que é que existe aqui fora.

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É a cada encontro com o Universo ao longo das nossas vidas individuais e coletivas, esse cérebro confronta o seu modelo interno com as novas informações que chegam a ele a cada momento.

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É esse choque, é essa verdadeira colisão que gera, que refina o modelo de universo, as abstrações mentais que são criadas por cada um de nós e pela nossa espécie, para tentar explicar o que acontece neste universo natural que está aqui fora.

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Ou seja, para explicar o universo natural, o nosso verdadeiro criador o universo neural, que eu chamo de universo humano.

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E para isso, ele gerou abstrações únicas, como o espaço o tempo. Eu gosto de dizer que nem uma estrela comemora o seu aniversário, nem um cometa sabe dizer quando ele vai voltar para o sistema solar.

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Essas noções de tempo e casualidade de espaço são todas as criações da mente humana, e são usadas para fazer algum sentido para extrair algum sentido lógico do que existe ao nosso redor, e basicamente criar relações causais que permitam maximizar a nossa sobrevivência.

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E até essa fonte de abstrações que nós geramos enquanto espécie, a nossa ciência, a filosofia, a matemática, a arte, as religiões, os mitos.

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Porque foi na combinação das propriedades desse magnífico criador de tudo, da nossa memória, da nossa capacidade de nos comunicarmos oralmente, também por símbolos, na nossa enorme capacidade de gerar ferramentas, que possam aumentar a nossa interação com o mundo e maximizar também a nossa chance de sobrevivência.

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Apesar que ultimamente nos últimos séculos, essas grandes tecnologias que nós somos capazes de criar, estão contribuindo com qualquer coisa, para nossa própria escravidão.


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Ou seja, nós estamos nos transformando em escravos das nossas tecnologias, como o mundo digital atualmente mostra claramente, quanto da nossa privacidade está sendo perdida.

 

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Quanto da nossa própria função cerebral e cognitivo está sendo a esculpida e transformada pela lógica digital dos computadores.

 

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Porque talvez vocês não saibam, o cérebro humano não funciona como o computador, muito pelo contrário.

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Ele não funciona com a lógica digital como os nossos computadores telefones e tudo que nós criamos nos últimos 70 80 anos, para tentar ampliar o nosso domínio sobre o planeta a terra.

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Na realidade o nosso cérebro funciona de uma maneira completamente diferente, de uma maneira contínua ou analógica.

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E que é basicamente sem uma projeção 1 a 1, como a lógica digital.

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Se há qualquer coisa lógica e digital, coíbe as nossas funções, como vários exemplos hoje em dia, demonstram nas nossas crianças na juventude.

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Mesmo nos adultos que cada vez mais demonstram, está perdendo algumas funções cognitivas.

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Como por exemplo a empatia humana, uma vez que o nosso cérebro está sendo forçado a se comportar como máquina.

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Pois bem, tudo aquilo que nós usamos para expressar a nossa visão de mundo, as nossas abstrações que tentam explicar o universo ao nosso redor, a nossa arte, a nossa arquitetura, a nossa linguagem escrita, as equações matemáticas que tentam reduzir o nosso universo, as explicações causais, todas as nossas tecnologias, todas vem do mesmo lugar.

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Vem disso, o grande criador de tudo.

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E se você puser tudo isso junto, na forma de teorias científicas, modelos matemáticos, religiões, visões cosmológicas, se você tomar tudo isso, como um grande físico americano John Williams gostava dizer, o universo é uma entidade participativa no caso dos seres humanos.

15:38
E se você somar todas essas abstrações, o que elas tentam descrever, você obtém o universo humano, que é a melhor descrição possível, para nossa espécie, do universo natural que nos cerca.

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Ele não é necessariamente uma descrição fidedigna, ele é apenas a melhor descrição possível, dado o cérebro que nós temos, como produto do processo de seleção natural que por milhões de anos esculpiu a estrutura cerebral.

16:24
Que uma vez que nós adquirimos a capacidade de sermos conscientes, e de interrogar o universo, nós começamos a sentar no volante que direciona a própria estrutura física dos nossos cérebros e a projeção das estruturas fisicamente humano a condição humana que gera a descrição do universo.

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Que é a nossa única forma de acessar o que existe aqui fora, a nossa única forma de gerar uma descrição da realidade.

16:55
Isso gera essa visão que eu gosto de chamar de cérebro-centrica, É uma cosmologia cérebro-centrica,  que tem o cérebro humano individualmente e em conjunto com o centro da nossa cosmologia. gera um corolário interessantíssimo.

17:13
Ele sugere que se existem formas inteligentes, e eu acredito que elas existam por todo universo, diferentes formas que evoluíram em condições diferentes daquelas que nós tínhamos no planeta Terra.

17:27
Cada uma dessas formas de vida inteligente, cada um desses alienígenas, terá uma visão cosmológica própria do universo.

17:38
Porque o seu cérebro,  seja lá o que eles usem para interrogar o universo natural,  que como eu disse a vocês, só oferece informação e potencial, como esses cérebros evoluíram em condições completamente diferentes, eles terão a descrição do universo diferente da nossa.

17:54

Ou seja, se o Mr. Spock do Jornada nas Estrelas,  e se realmente nos encontrar e fosse capaz de se comunicar conosco, seria muito provável que ele descreveria uma visão de universo, que não necessariamente seria a mesma que a nossa.

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Poderiam haver áreas de overlap, de correspondência, mas não necessariamente essa correspondência seria 100%.

18:22
Ou seja, isso dá para nós, ao mesmo tempo a dimensão cosmológica do que é a mente humana, do que é o verdadeiro criador do tudo,

18:31
Que é capaz de gerar uma visão, uma descrição do universo, mas também nos dá um grau de humildade, que é muito necessário se manter, não é? O que nós estamos perdendo categoricamente como espécie.

18:44
Uma visão, um pouco mais humilde de que talvez a nossa descrição do universo seja ela científica, filosófica, matemática ou religiosa, podem não ser a única, certamente não será a única, e certamente não será a mais correta.



19:00
Pois bem, e aqui então eu gostaria de mostrar a vocês, como essa visão cérebro-cêntrica, permite-nos mostrar que ao longo da nossa história, dos últimos 30 mil anos da pré-história humana até os últimos segundos da nossa existência.

19:16
O cérebro humano produzindo diferentes descrições do universo, a começar com os nossos antepassados do paleolítico superior.

19:22
Essa aqui é uma foto de uma das cavernas subterrâneas na Europa, chamada a capela Sistina da pré-história, onde seres humanos como nós, com o mesmo cérebro como o nosso,

19:35
15 mil anos atrás, penetraram no subterrâneo dessa Caverna de Lascout e usaram a tintas feitas de terra de pigmentos de plantas de árvores de solo, para representar usando a configuração tridimensional do teto, das paredes e do solo dessas cavernas. a sua visão cosmológica.

20:06
Que era centrada no mundo natural, em particular nos animais que conviviam e a natureza, que eram de certa forma a embutidas na mente humana, é porque o ser humano nessa época tinha uma vida completamente analógica.

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Ele dependia desses animais para seu sustento para sobreviver às intempéries do clima,  do período de glaciação, do período de seca.

20:35
E ele dependia da natureza para absolutamente tudo, e com ela, com essa natureza, ele tinha uma relação não só de sobrevivência, mas uma relação mística, uma relação teológica, e era a natureza ao centro da cosmologia humana.

20:53
E é por isso que em Lascout e em múltiplas outras cavernas, os nossos ancestrais não desenho a si mesmo, você não vai encontrar figuras de seres humanos.

21:04
No máximo você vai encontrar impressões das mãos de crianças, adultos, homens, mulheres, idosos, crianças que penetravam nessas cavernas provavelmente seguindo o seu xamã, seus líderes, religiosos para rituais e celebração.

21:22
E que usavam essas esses imprints das suas mãos, seja para autoria, determinar a autoria dessas grandes pinturas paleolíticas, ou para representar sua provação dessas imagens pictóricas da pedra, que representavam ao centro do universo humano, que era basicamente a natureza que o cercavam.

21:48
Pois bem, vamos 16 mil anos no futuro, na Renascença Italiana, agora numa outra Catedral, da Capela Sistina em Roma, o centro do universo agora é o homem, criado à imagem e semelhança do seu criador, que foi gerado na mente desse homem, mas que basicamente representa tudo aquilo que é agora o centro do universo humano, o homem propriamente dito.

21:48
No Renascimento Italiano, artistas como Michelangelo recuperaram a visão clássica grega e permitiram, levaram de volta ao centro do universo, que havia se perdido durante a idade média, levaram o homem de volta ao centro do universo.

22:44
É nessa época que surge a perspectiva nas pinturas, porque o mundo agora, o universo como um todo é centrado nas retinas do pintor, que precisa reproduzir esse universo na mesma configuração tridimensional detalhada,

22:53
Que a mente humana consegue construir, para que todos nós possamos inspecionar e se maravilhar com as grandezas infinitas do universo que nos cerca.

23:08
Ou seja, a arte é a grande forma de expressão dessa nova visão cosmológica que coloca o homem no centro do universo.

23:20
E se nós entramos mais 500 anos no futuro, essa visão muda completamente, quando a ciência tenta descrever o centro do universo como sendo a origem do universo como sendo essa grande explosão chamada de Big Bang,

23:33
Que gerou toda matéria que em se encontra no universo hoje como visto aqui nessa representação da Nasa, mostrando as diferentes etapas de evolução do universo nos últimos 14 bilhões de anos

23:53
Onde vocês podem ver que o homem nem é representado, o homem é uma pequena fagulha, um pequeno grão de poeira cósmica, sem relevância nenhuma nessa visão a científica, do que o universo é, dessa visão cosmológica.

24:12
O que pouca gente sabe, pensa, e para para pensar, é que todas essas visões vieram do mesmo lugar, do verdadeiro criador de tudo, todas elas são abstrações mentais que tentam explicar da melhor maneira possível, a cada momento histórico, o que existe ao nosso redor.

 24:30 E ao fazer isso. da mente humana, a partir do seu substrato orgânico biológico que são representados aqui neste gráfico de baixo para cima, a partir da forma como serve e processa a informação, que não é informação binária nem digital,

24:45
É um outro tipo de informação, que no meu livro eu chamo de a informação goderiana, em homenagem a um dos maiores matemáticos de todos os tempos, Kurt del , melhor amigo de Albert Einstein.

25:06
Definiu o Teorema da Incompletude, que é uma discussão maravilhosa que eu tento fazer no livro para esclarecer em detalhes o que isso significa.

25:12
Mas basicamente, o que ele quis mostrar é que existem limites lógicos da mente humana, que nós temos certas regiões de conhecimento, que nós nunca vamos conseguir penetrar, porque existe um limite lógico imposto pela biologia disso que a gente carrega entre as orelhas.

25:30
E esses limites são representados por múltiplos fenômenos, os fenômenos que foram descobertos por diferentes pesquisadores em diferentes áreas da ciência

25:40
Mas que convergem para mostrar que nós somos na realidade, enquanto espécie, uma ilha, uma ilha cercada por um universo, um mar, no oceano gigantesco de desconhecido.

25:55
E que a cada gota, a cada pedregulho de conhecimento que nós incorporamos, nós tentamos ampliar levemente a área dessa ilha, pedra a pedra, grão a grão.

26:07
Mas que infelizmente, provavelmente esse oceano de desconhecido jamais poderá ser conhecido, conquistado pela mente humana.

26:14
Mas mesmo assim,  nós teremos a oportunidade de explicar uma quantidade razoável de informação potencial, que o universo nos apresenta.

26:20
E são dessas formas de processamento de informação, utilizando as nossas memórias orgânicas que não tem nada a ver com memórias de computador.

26:35
Por isso que nós nunca vamos poder fazer um download da nossa mente em alguns CD-ROM, ou no Cloud, ou nunca vamos fazer um upload de informação.

26:45
Os nossos sistemas motores, sensoriais, límbicos, emocionais, que nós fomos criando abstrações cada vez mais sofisticadas, as nossas crenças, o nosso senso estético,

26:55
O próprio senso de ser, a nossa ilusão de que nós ocupamos um único corpo e que somos um indivíduo vem da mente humana, ela é uma enorme abstração.

27:05
E não é presente em todos os seres vivos, muito pelo contrário, é um número muito restrito de espécies, tem essa sensação de existir, como um senso, como indivíduo isolado no universo.

27:20
Todas essas abstrações que vão crescendo nessa escala aqui de complexidade, intuição, discernimento, criatividade, deuses, mitologia, tecnologias, ciências, geraram abstrações que se tornaram mais importantes hoje em dia,

27:35
Nos nossos tempos ditos modernos, que de modernos eu diria não tem muito pouco, que nós formos comparar com outros momentos da nossa história.

27:48
As abstrações como religiões, doutrinas econômicas e ideologias políticas, impérios, reinos, mercados de ações e derivativos, que o Eduardo conhece muito melhor do que eu,

27:57
Noções de nacionalismo, racismo, globalização, sistemas financeiros, a cultura da máquina, a igreja dos mercados, o deus dinheiro, trans-humanismo, a inteligência artificial, que de inteligente não tem nada, muito menos de artificial, porque é uma criação da nossa mente, criptomoedas,

28:17
Enfim essas abstrações foram ficando cada vez mais complexas e cada vez menos tangíveis, menos concretas um ótimo exemplo disso é o dinheiro.




28:27
Eu pus esse gráfico aqui, porque ele ilustra muito bem como no início da história da humanidade, o que nós usávamos como forma de estocar valor, e transferir valor para realizar transações comerciais, eram coisas absolutamente concretas

28:49
Os astecas usavam grãos de cacau ou roupas de algodão. Na África, conchas eram usadas como moeda de troca, na China, em Roma, no altos Saara,

29:02
Na Ásia o arroz, na Babilônia cevada, à medida que há evolução do pensamento das formas de obter valores, tocar valor, foram crescendo nós usamos diferentes metais,

29:13
Como o ouro na Mesopotâmia, a prata, moedas de eletroquímico geraram na Lídia do lado da Pérsia em 640 BC, antes de Cristo as primeiras moedas que era extremamente conveniente,

29:27
Porque você poder encher seu bolso de moedas, mas seria grande dificuldade encher seu bolso de barras de ouro, e à medida que essas moedas foram surgindo outras formas,

29:36
Outras abstrações que contém valor, e que podem ser transferidos de mão em mão foram sendo criadas como o dinheiro na forma de papel, que aparece na China muito antes do mundo ocidental,

29:50
E finalmente abstrações como cartões de crédito, até chegarmos ao dinheiro eletrônico, ao dinheiro digital e hoje as criptomoedas.

29:59
Que na realidade, se nós tivermos em algum momento, o que é muito possível, dado  a estatística desses fenômenos solares, uma tempestade solar que chega no planeta terra, e basicamente torra toda a nossa civilização eletroeletrônica,
30:14

Uma boa parte do dinheiro do mundo hoje é digital e eletrônico, todos nós vamos ficar igualmente pobres, porque todas as contas bancárias e todos os saldos bancários vão desaparecer instantaneamente, de todos os computadores do mundo foram queimados por uma tempestade eletromagnética,

30:31
Mas veja a diferença, de grau de abstração da mesma coisa, dinheiro no mundo atual e no mundo de alguns milhares de anos atrás,

30:40
Isto é todo trabalho da mente humana, essa evolução, de complexidade, de perda de tangibilidade, das abstrações, vem do verdadeiro criador de tudo.

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