eu
fui traído
por quem?
por mim mesmo
eles
fazem
o que fazem
por elas mesma
nós
nos iludimos
de que as pessoas
agem conforme o nosso querer
29 julho 2011
26 julho 2011
19 julho 2011
Crenças e preconceitos moldam reação das pessoas a prazer e dor
Um vinho barato com rótulo de bebida cara parece ser mais gostoso, diz pscicólogo, assim como o mesmo cheiro pode ser agradável ou nojento dependendo do contexto em que é encontrado por diferentes pessoas
VAGUINALDO MARINHEIRO
Paul Bloom, professor do Departamento de Psicologia da Universidade Yale (EUA), quer entender por que o conhecimento e as nossas crenças interferem na forma como sentimos prazer, seja ao beber um vinho, ver uma obra de arte ou fazer sexo.
Autor do livro "How Pleasure Works" (Como o Prazer Funciona), Bloom diz que, ao sentirmos prazer, respondemos a coisas mais profundas do que gosto, cheiro ou aparência. Na verdade, diz, nosso prazer é guiado pelo que sabemos, ou julgamos saber, sobre o objeto ou a pessoa com os quais interagimos.
"Mesmo nos prazeres mais animais, somos influenciados por aquilo em que acreditamos", diz o pesquisador.
Bloom, 47, também estuda o comportamento moral de bebês e diz que a crença de que todas as crianças são anjos está errada. "São humanos como eu ou você. Têm impulsos bons e maus."
O psicólogo, cuja disciplina de introdução à psicologia está disponível de graça para download(oyc.yale.edu/psychology/introduction-to-psychology), esteve na semana passada em Edimburgo, onde participou da TEDGlobal, série de palestras sobre inovação.
Após falar para uma plateia de 850 pessoas, ele conversou com a Folha. Confira os melhores trechos da conversa abaixo.
VAGUINALDO MARINHEIRO
Paul Bloom, professor do Departamento de Psicologia da Universidade Yale (EUA), quer entender por que o conhecimento e as nossas crenças interferem na forma como sentimos prazer, seja ao beber um vinho, ver uma obra de arte ou fazer sexo.
Autor do livro "How Pleasure Works" (Como o Prazer Funciona), Bloom diz que, ao sentirmos prazer, respondemos a coisas mais profundas do que gosto, cheiro ou aparência. Na verdade, diz, nosso prazer é guiado pelo que sabemos, ou julgamos saber, sobre o objeto ou a pessoa com os quais interagimos.
"Mesmo nos prazeres mais animais, somos influenciados por aquilo em que acreditamos", diz o pesquisador.
Bloom, 47, também estuda o comportamento moral de bebês e diz que a crença de que todas as crianças são anjos está errada. "São humanos como eu ou você. Têm impulsos bons e maus."
O psicólogo, cuja disciplina de introdução à psicologia está disponível de graça para download(oyc.yale.edu/psychology/introduction-to-psychology), esteve na semana passada em Edimburgo, onde participou da TEDGlobal, série de palestras sobre inovação.
Após falar para uma plateia de 850 pessoas, ele conversou com a Folha. Confira os melhores trechos da conversa abaixo.
18 julho 2011
06 julho 2011
03 julho 2011
crer e duvidar
duvidar de tudo
ou
crer em tudo
tanto faz
são comodidades
nos dispensam
de refletir
de ser
humano
ou
crer em tudo
tanto faz
são comodidades
nos dispensam
de refletir
de ser
humano
sempre tem a primeira vez ?
você diz
tenta fazer tudo
sempre
como se fosse
a primeira vez
no entanto
na essência
no fato
no real
é sempre
a primeira vez
tenta fazer tudo
sempre
como se fosse
a primeira vez
no entanto
na essência
no fato
no real
é sempre
a primeira vez
02 julho 2011
o que vem antes? (c)
será que existe
entre eu e voce
o reconhecimento mútuo
do que seja o ser humano? (essencialmente falando)
sem isso
fazer juntos
as eco-vilas, as comunidades, o caixa único, o uso-comum, as vilas yamaguishis, etc
não passa de
aparência cromada
cópia
cópia da cópia
entre eu e voce
o reconhecimento mútuo
do que seja o ser humano? (essencialmente falando)
sem isso
fazer juntos
as eco-vilas, as comunidades, o caixa único, o uso-comum, as vilas yamaguishis, etc
não passa de
aparência cromada
cópia
cópia da cópia
o que vem antes? (b)
será que existe
entre eu e voce
o reconhecimento mútuo
do corpo único? (essencialmente falando)
sem isso
fazer juntos
as eco-vilas, as comunidades, o caixa único, o uso-comum, as vilas yamaguishis, etc
não passa de
aparência cromada
cópia
cópia da cópia
entre eu e voce
o reconhecimento mútuo
do corpo único? (essencialmente falando)
sem isso
fazer juntos
as eco-vilas, as comunidades, o caixa único, o uso-comum, as vilas yamaguishis, etc
não passa de
aparência cromada
cópia
cópia da cópia
o que vem antes? (a)
será que existe
entre eu e voce
o reconhecimento mútuo
de que não é de ninguém? (essencialmente falando)
sem isso
fazer juntos
as eco-vilas, as comunidades, o caixa único, o uso-comum, as vilas yamaguishis, etc
não passa de
aparência cromada
a cópia
a cópia da cópia
entre eu e voce
o reconhecimento mútuo
de que não é de ninguém? (essencialmente falando)
sem isso
fazer juntos
as eco-vilas, as comunidades, o caixa único, o uso-comum, as vilas yamaguishis, etc
não passa de
aparência cromada
a cópia
a cópia da cópia
[Há Metafísica Bastante em Não Pensar em Nada]
El Cielo de Canarias / Canary sky - Tenerife from Daniel López on Vimeo.
http://poesiasalbertocaeiro.blogspot.com/2007/09/h-metafsica-bastante-em-no-pensar-em.html
by Caieiro (Fernando Pessoa)
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que idéia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?
"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo"...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que idéia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?
"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo"...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.
01 julho 2011
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